Esforço de Dilma em vão? FT elege o Brasil como o “grande perdedor” em Davos

Brasil foi "esquecido" pelos investidores durante o Fórum Econômico Mundial na semana passada, enquanto México dominou as preferências dos investidores

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Se o cenário que se desenha para os emergentes não é o dos melhores, para o Brasil consegue ainda ser pior. Mesmo com o esforço da presidente Dilma Rousseff para atrair os investidores estrangeiros e destacar as qualidades nacionais, o País foi classificado pelo blog de emergentes do Financial Times, o Beyond Brics, como o maior perdedor do Fórum Econômico Mundial, em Davos, enquanto o México foi eleito como o grande vencedor do encontro de investidores promovido na semana passada. 

O blog ressalta que seria exagerado eleger o Davos como o “Oscar do dinheiro”, mas pode-se eleger quais foram os grandes perdedores e ganhadores do mercado, principalmente em relação aos emergentes. 

“O Brasil foi o País com menores menções na lista ‘quente’ de Davos”, ressaltou, destacando a percepção de falta de investimentos estruturais e que a aceleração do crescimento nos últimos anos veio do consumo, o que não é visto como um ponto positivo para o País.

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Entrevistado pelo blog, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn ressaltou que “os investidores em Davos estão procurando por uma economia estável e sustentável, o que não é o caso do Brasil”. 

Por outro lado, o ganhador em Davos é o México, em meio ao otimismo com a agenda de reformas estruturais realizadas pelo presidente Enrique Peña Nieto. O secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e também mexicano Angel Gurria destacou que está orgulhoso com o país. Durante a conferência, os investidores não apenas disseram que acreditam no presidente, mas também anunciaram novos aportes. A Cisco anunciou planos de investir US$ 1,3 bilhão, a Nestlé US$ 1 bilhão e a Pepsico, US$ 5,3 bilhões.

Entre os países que estão no “meio termo”, estão a Nigéria, Tanzânia, Quênia e Uganda. Enquanto, se por um lado há dificuldades em investir em países africanos por outro, os alguns grupos de investidores estão convencidos de que boas coisas irão acontecer em 2014. 

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Por fim, está a China, que segue concentrando as suas atenções sobre a mudança no seu portfólio de crescimento de investimentos para consumo. Mas o fato, aponta o blog, é que o sucesso das últimas décadas dá aos líderes do gigante asiático credibilidade que falta a outros políticos de países emergentes. Desta forma, o otimismo ainda prevalece quanto à China, mas a mudança de sua estrutura de crescimento pode afetar as outras economias emergentes.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.