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SÃO PAULO – Escolhido por Michel Temer para substituir José Serra no Ministério das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) faz parte da lista de investigados da equipe de Michel Temer. Atualmente, ele é alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) envolvendo crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
Baseado em informações reveladas na delação premiada do sócio majoritário da construtora UTC, Ricardo Pessoa, o inquérito foi aberto em setembro de 2015 pelo ministro Celso de Mello, após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo a delação, Aloysio recebeu R$ 300 mil da UTC de forma oficial e outros R$ 200 mil de caixa dois durante sua campanha ao Senado Federal, em 2010 – propina paga para favorecer contratos entre a empreiteira e a estatal. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade.
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Outro problema que Aloysio pode enfrentar está na relação com os Estados Unidos, já que desde a eleição por lá ele fez duras críticas à Donald Trump. Pouco após a confirmação da vitória do bilionário, o tucano classificou o novo presidente norte-americano como “o partido republicano de porre”. “É o que há de pior, de mais incontrolado, de mais exacerbado entre os integrantes de seu partido”, concluiu.
Apesar das críticas a Trump, o tucano não deve mexer no “legado” deixado por Serra no Itamaraty. Antes de pedir demissão em 22 de fevereiro ao alegar problemas na coluna, o ex-chanceler destacou-se pelo discurso alinhado aos interesses norte-americanos e por casos criados na América Latina, entre eles sua campanha pela derrubada de Nicolás Maduro do governo da Venezuela.
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