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247 – Cada um ao seu modo, os presidenciáveis do PT, PSDB e PSB marcaram seus gols às vésperas da abertura da Copa do Mundo. Eles encerram nesta quarta-feira 11, um dia antes da abertura do Mundial, a primeira fase da campanha muito próximos das posições que seus estrategistas imaginavam. Todos seguem vivos na disputa e jogando no ataque.
Na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, estava no ar até agora a preocupação com uma ingrata surpresa na convenção do PMDB, a partir do crescimento desmedido da oposição à coalizão com o PT. Mas o que se viu nesta terça-feira (10) foi que a estratégia de Dilma de centrar seu diálogo partidário na figura do vice-presidente Michel Temer deu resultado. Com o apoio dos principais chefes da segunda maior legenda do Congresso, Temer levou a presidente à vitória.
Ao lado da conquista formal do PDT e o apoio anteriormente manifestado pelo PTB, a coligação liderada pelo PT já tem mais da metade do tempo no horário eleitoral gratuito. Esse era o projeto traçado pelo articuladores de Dilma. Mesmo com a perda de pontos registrada no Ibope divulgado nesta terça, a presidente pode considerar que a parte mais importante de sua missão até aqui foi cumprida. Afinal, ela não deixou que as pressões fizessem sua base ser fraturada.
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As perdas registradas pela presidente na pesquisa Ibope estão dentro da margem de erro, ainda que esteja instalada a perspectiva de segundo turno. Esse cenário, porém, de crescimento da oposição, já era esperado pelos coordenadores da pré-campanha petista. Avaliava-se entre eles que a tensão na economia e as críticas desferidas contra o governo na mídia tradicional necessariamente iriam desgastar a presidente. Poderia ter sido pior.
Para a oposição, a maneira de chegada de suas duas principais equipes ao instante pré-Copa também é vista com otimismo. Os tucanos de Aécio Neves experimentaram, até um mês atrás, a sensação de que seus esforços custavam a dar resultado.
Afinal, mantinha-se, até ali, um quadro de vitória de Dilma em primeiro turno. Mas o jogo mudou. O Ibope divulgado nesta terça se soma ao mais recente Datafolha na direção de um segundo turno, no qual Aécio surge como favorito para disputar com a presidente.
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Por seu lado, o presidente do PSB igualmente tem motivos para acompanhar o início da Copa do Mundo de uma posição política menos desconfortável. O levantamento do Ibope demonstrou que a subida de Campos de 11% para 13% pode sim ser atribuída ao apoio da ex-ministra Maria Silva. Está dentro da margem de erro, mas, felizmente para ele, a variação foi para cima – e não para baixo, como acontecera no Datafolha. Além disso, numa simulação em que o eleitor tem a informação sobre o apoio de Marina, Eduardo vai a 17% e se aproxima de Aécio.
Vale acompanhar, a partir de agora, os efeitos que o ambiente social em torno da Copa do Mundo irão causar aos três presidenciáveis. Para os que veem Dilma como a principal beneficiária de uma vitória da Seleção Brasileira na disputa, ela também é encarada como a potencialmente maior derrotada por eventuais problemas na organização da Copa. Os dois oposicionistas, por mais que queiram a queda da candidata à reeleição, não irão, é claro, torcer contra. Eles acreditam, afinal, que depois da Copa, qualquer que venha a ser o resultado, seus desempenhos serão ainda melhores.
Esta matéria foi publicada originalmente no Brasil 247. Confira clicando aqui.
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