Encontro com ex-porta-voz de Dilma e jantar com Armínio Fraga: as movimentações de Temer

Vice segue em elevada atividade de bastidores para compor possível governo

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Seguem intensas as ações de bastidor do vice-presidente Michel Temer e sua equipe para construir um time capaz de governar o país caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do cargo nas próximas semanas, com a votação no Senado que definirá a recepção do processo de impeachment enviado pela Câmara ou não. Conforme noticiam os jornais nesta terça-feira, o peemedebista teve um jantar com o senador Aécio Neves e o economista Armínio Fraga — ministro da Fazenda caso o tucano tivesse vencido as eleições.

Segundo a Folha de S. Paulo, o ex-presidente do Banco Central teria reafirmado que não assumirá a pasta, mas que estaria disposto a auxiliar, de fora, um eventual novo governo. O mesmo deverá ser aplicado pelo PSDB, que não pretende se envolver tanto com o novo governo. Apesar de permitir que filiados integrem o ministério de Temer, a sigla diz que o político deverá entrar na cota pessoal do peemedebista.

Ainda ontem, Temer reuniu-se em São Paulo com conselheiros para avaliar um discurso para contrapor as recentes falas de Dilma e de governistas. Dentre os presentes no encontro, destaque para a figura de Thomas Traumann, que foi porta-voz e ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da petista até o ano passado, quando foi substituído por Edinho Silva. Também segundo a Folha de S. Paulo, o ex-ministro poderia ajudar o vice a “calibrar o discurso”, aproveitando a experiência da convivência próxima a Dilma nos últimos anos.

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Outro encontro do peemedebista na véspera foi com o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que, de acordo com a Folha, é um dos nomes cotados para o Ministério da Justiça. Interlocutores de Temer, porém, dizem que a conversa tratou exclusivamente de processos judiciais no qual o advogado o representa. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, apontado por muitos para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior também foi recebido pelo vice na segunda-feira.

Conta O Estado de S. Paulo que o vice definiu principais três eixos para a formação de seu governo: economia, infraestrutura e social, pelos quais serão criados superministérios para reduzir o número de pastas. Consta nas avaliações de Temer a necessidade de sinalizar compromisso com a recuperação da economia e a prioridade de nomes reconhecidamente técnicos e respeitáveis, também como ferramenta para garantir sua sobrevivência no processo que corre no TSE contra a chapa eleita. Sustentariam politicamente toda essa base a dupla Eliseu Padilha e Moreira Franco — os dois principais articuladores do vice neste momento.

O senador José Serra (PSDB-SP) aparece como um dos nomes mais falados para compor o ministério de Temer. O tucano poderia comandar alguma pasta de infraestrutura, Saúde, mas também a Fazenda ou até o Itamaraty. O último caso agrada o ex-governador mas pode prejudicar seus planos de eventualmente disputar as eleições presidenciais em 2018. Ao DEM, sigla tida como importante para o impeachment de Dilma, ficaria o ministério de Minas e Energia, possivelmente comandado por José Carlos Aleluia. Para a área social, ainda não há nomes em evidência.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.