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SÃO PAULO – Algumas empresas envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras contribuíram diretamente para as campanhas de alguns candidatos a presidência da República deste ano. Sete das empresas investigadas na Operação Lava Jato doaram, somadas, aproximadamente R$ 109 milhões aos dois presidenciáveis que disputaram o segundo turno da corrida presidencial, Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB.
Reeleita, a presidente foi a candidata que recebeu mais recursos das empresas investigadas por suposto pagamento de propinas a políticos e funcionários da Petrobras em troca da obtenção de contratos superfaturados com a estatal. A petista recebeu R$ 68,5 milhões das empreiteiras Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht, UTC Engenharia, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Engevix.
Com exceção da Engevix, as mesmas empresas repassaram R$ 40,2 milhões para a campanha do peessedebista. Se for considerado o montante arrecadado pelos dois presidenciáveis, é possível afirmar que as empreiteiras financiaram 20% da campanha de cada um deles.
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As contribuições das empresas não se limitaram aos dois presidenciáveis. O levantamento das prestações de contas dos presidenciáveis que não passaram ao segundo turno mostrou doações de oito empreiteiras no total de R$ 182 milhões.
No total, as empreiteiras aplicaram pelo menos R$ 250 milhões em campanhas eleitorais em meio à investigação da qual são alvo.
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