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SÃO PAULO – A reunião de empresários na última quarta-feira (13) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tinha como objetivo acalmar e sinalizar que o governo está mais disposto a ouvir as demandas do mercado. Contudo, conforme aponta coluna de Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira, não foi isso que aconteceu.
De acordo com a colunista, boa parte dos empresários saiu do encontro insatisfeita, com pelo menos quatro deles levantando a possibilidade de criar uma holding no exterior para fugir da “sangria arrecadatória do governo”. Um dos empresários, segundo a colunista, afirmou que “não iria aceitar que tirasse a competitividade das empresas e, caso o governo insistisse, muitas iriram transferir o centro das suas operações”.
E dentre os cinco empresários consultados pela colunista, só um mostrou otimismo, destacando que houve avanço em relação à Medida Provisória 627, que muda as regras de tributação sobre lucros obtidos com operações no exterior. No encontro, os empresários pressionaram por mudanças na MP, reclamando que a medida aumenta a carga tributária.
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O “avanço” não convenceu os demais, que até destacaram que a MP 627 será o centro de uma batalha no Congresso, apesar de destacarem os esforços de Mantega para conter os danos da MP. E o maior problema hoje, apontam, é a energia: eles não acreditam que ela irá faltar, mas se encarecerá certamente.
Vale ressaltar que o almoço, que contou com a presença de 18 executivos de grandes empresas brasileiras, não foi grátis. Cada empresário desembolsou R$ 40,00 para almoçar com Mantega, gerando uma “arrecadação” de R$ 720,00. No cardápio, carne e peixe. Ao Estadão, o presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Robson Andrade, afirmou, bem humorado, que valeu a pena pagar pelo almoço e contou que o peixe servido “não era sardinha”. Ele disse ainda que não achou caro, mas que só serviram água de bebida.
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