Empresários brasileiros estão otimistas com o mandato de Obama

Entretanto, 75% não acreditam que administração do presidente Obama irá reverter a crise neste ano, diz Amcham-Ibope

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Para 78% dos empresários brasileiros, o início da gestão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, correspondeu ao esperado. Já para 19%, o início do mandato de Obama superou as expectativas.

Os dados fazem parte da pesquisa Amcham-Ibope, realizada entre os dias 28 de abril e 15 de maio, com 192 empresários e altos executivos de companhias associadas à Amcham de vários segmentos, sendo 68% delas de capital nacional, 15% de capital americano e 17% de outras origens.

Além disso, o levantamento constatou que 91% dos empresários entrevistados afirmaram que estão otimistas em relação aos quatro anos de mandato de Obama.

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Setores

O clima favorável detectado pela pesquisa se explica mais pelo reconhecimento de uma postura promissora do novo presidente do que por uma percepção de efeitos sobre os negócios no Brasil, uma vez que 41% dos entrevistados disseram que já estão vivenciando os reflexos positivos da nova administração em suas operações.

Para 54% dos empresários do segmento de Energia, Petróleo e Gás, a gestão do presidente norte-americano trouxe impactos positivos. Também compartilharam dessa percepção os setores de Alimentos (36%), Tecnologia da Informação (36%) e Turismo (31%).

Em contrapartida, 31% dos empresários entrevistados do segmento automotivo disseram que a administração de Obama não influi nos seus negócios. Em seguida, surgem os setores Siderúrgico (23%), Calçadista (23%) e de Bens de Capital (20%).

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O Agronegócio e o setor Financeiro, por sua vez, ressaltaram tanto os efeitos positivos (53% e 38%, respectivamente) como os negativos (27% e 20%).

Crise

Quando questionados sobre a crise, 75% dos empresários entrevistados duvidam que a administração de Obama seja capaz de reverter o quadro ainda este ano.

Em compensação, 72% dos consultados apostam em melhora consistente dentro de dois ou três anos.

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Relação bilateral

A pesquisa mostra ainda que 57% das companhias não estão adotando medidas específicas frente ao novo contexto bilateral. “Isso indica que os executivos de fato acreditam em sinais de recuperação”, explicou a diretora executiva de Atendimento e Planejamento do Ibope, Laure Castelnau.

Entre as empresas que optaram por ações imediatas frente ao novo contexto, 14% pretendem cortar gastos e 9% querem buscar novas oportunidades.

Além disso, o estudo constatou que quase 70% dos empresários entrevistados disseram que o País figura apenas entre os dez maiores parceiros dos EUA. Já para 13%, o Brasil está entre os cinco maiores parceiros dos norte-americanos.

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Com isso, dois em cada dez entrevistados veem um espaço mínimo para o Brasil na pauta americana.

Brasil e EUA

Para 76% dos entrevistados, o governo do Brasil se mostra disposto ou muito disposto a intensificar o diálogo, enquanto 56% notam a mesma postura na administração dos Estados Unidos.

A maioria dos empresários brasileiros entrevistados, no caso, 87%, disseram que a iniciativa privada brasileira está disposta ou muito disposta a investir no estreitamento da relação, ao passo que somente 31% enxergam o mesmo interesse no setor privado americano.

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O estudo também revelou que 69% dos empresários brasileiros acreditam que haverá um intervencionismo governamental crescente em companhias americanas, durante o mandato de Obama.

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