Embolada ou polarizada? O que cada uma das pesquisas mostra para a eleição e para o mercado

Vox Populi, Datafolha e Ibope fizeram levantamentos desde a última sexta-feira até hoje e movimentam a disputa eleitoral, com diferentes indicações sobre o cenário político, conforme aponta a LCA

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As últimas pesquisas, com destaque para o Datafolha e o Ibope, devem guiar o sentimento do mercado nas próximas sessões, assim como vem ocorrendo nos últimos três meses, com a divulgação dos primeiros levantamentos eleitorais em meados de março. 

Conforme destaca a LCA Consultores, a pesquisa Ibope revelada na noite de ontem mostrou que a corrida presidencial está cada vez mais embolada. Se o último Datafolha mostrou a corrida presidencial correndo novamente no sentido de polarização entre PT e PSDB, o Ibope contou outra história, aponta a consultoria. Isso porque, no Datafolha, Eduardo Campos caiu de 11% para 7% enquanto, no Ibope, a intenção de votos no pernambucano subiu de 11% para 13%. Já Dilma está com 38% e Aécio aparece com 22%, com queda e alta de dois pontos, respectivamente.

O Datafolha aponta que a diferença entre Aécio e Campos é de 12 pontos enquanto, para o Ibope, é de 9 pontos. E a vantagem de Aécio cai para apenas 4 pontos quando os eleitores são informados que Marina Silva será companheira de chapa de Eduardo Campos e que o tucano é apoiado por Fernando Henrique Cardoso. Neste caso, Aécio fica com os mesmos 22% e Eduardo Campos sobe a 18%. Dilma, por sua vez, apresentada ao lado de Lula, sobe para 40%. “Exceção feita a FHC, que, muito provavelmente, pouco aparecerá na propaganda de Aécio no rádio e na televisão, Lula e Marina serão companheiros constantes de Dilma e Eduardo Campos”, ressalta a consultoria. Desta forma, os números do Ibope (40% x 22% x 18%) podem ser um retrato mais fiel do efetivo quadro da disputa presidencial, no qual a polarização PT e PSDB é menos evidente, avaliam os economistas da consultoria. 

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Taxa de rejeição de Dilma em alta
A XP Investimentos, por sua vez, ressalta que a taxa de rejeição à presidente subiu de 33% em maio para 38% em junho, enquanto a dos adversários só caíram, passando de  25% em abril para 20% em maio e 18% em junho. Por sua vez, a taxa de rejeição ao pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, saiu de 21% em abril para 13% em maio, mesmo patamar registrado agora.

Já a pesquisa Vox Populi encomendada pela Carta Capital mostra salto do tucano de 16% para 21% na corrida presidencial. A presidente tem 40% e Eduardo Campos segue com 8%. Apesar da alta de Aécio, Dilma ainda seria reeleita no primeiro turno. 

Conforme destaca a equipe da XP, a pesquisa Vox Populi não exerce tanta influência no mercado acionário, pois não houve nenhum crescimento da presidente e Aécio subiu. “Se tivesse mostrado um crescimento da presidente, algo divergente de outras pesquisas”, haveria algum efeito no mercado, apontam os analistas, mas não foi o que ocorreu. 

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Agora, ressalta a XP, os mercados ficam atentos à próxima pesquisa do Instituto Sensus em parceria com a Istoé, com um número de entrevistados bem superior ao das sondagens divulgadas até agora: 5 mil eleitores. A data de divulgação registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é o próximo sábado (14). 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.