SÃO PAULO – Matéria da revista Veja desta semana afirma que uma das estratégias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar ser preso no âmbito da Operação Lava Jato é pedir asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, o que foi negado pela embaixada. Segundo a publicação, o país seria o preferido por conta da dupla cidadania da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que é extensiva aos familiares.
Segundo a revista, depois de negociar uma espécie de salvo-conduto no Congresso, que lhe daria permissão para deslocar-se da embaixada até o aeroporto sem ser detido – ele voaria do aeroporto para o país do asilo.
A notícia afirma ainda que Lula e seus aliados teriam conversado com o embaixador da Itália no Brasil Raffaele Trombetta sobre o “plano secreto”, o que foi negado categoricamente pela embaixada em comunicado oficial. A revista destaca na reportagem que o embaixador promoveu um jantar em Brasília no dia 16 de março, para cerca de 40 convidados, entre eles aliados de Lula. Neste encontro, o embaixador e amigos de Lula teriam comentado sobre as consequências de Lula solicitar asilo à embaixada italiana, notícia essa que foi negada pelo corpo diplomático nesta sexta-feira.
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“As informações referentes ao evento ocorrido na embaixada e às supostas conversas do embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas”, afirmou a sede diplomática italiana no Brasil. Segundo o comunicado, ao ser procurado pela Veja para se pronunciar sobre o assunto, o chefe de gabinete de Trombetta, Alberto La Bella, afirmou que “não queria comentar fatos que, no que tange à embaixada, eram e são totalmente inexistentes”.
Confira a nota da Embaixada da Itália:
Em relação à matéria “O plano secreto” publicada na última edição da revista Veja, a Embaixada da Itália declara:
1. As informações referentes à Embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas.
2.Relativamente ao evento no Palácio do Planalto, a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é o Embaixador Trombetta, como pode-se constatar facilmente. O Embaixador Trombetta estava sentado, junto a todos os demais embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático.
3. Na conversa telefônica citada, foi dito ao jornalista que não se queria comentar fatos que, no que tange à Embaixada, eram e são totalmente inexistentes.
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