Em versão de “carta aos brasileiros”, Bolsonaro nega totalitarismo e rechaça ideias heterodoxas

O movimento vai em linha com a divulgação nesta semana do economista Adolfo Sachsida como um dos contribuintes para o programa econômico do presidenciável

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em uma espécie de “carta aos brasileiros” divulgada pelo site O Antagonista, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) apontou uma maior moderação do seu discurso e buscou rebater as especulações de como será a condução na economia e de que seria um “presidente totalitário” caso eleito. Vale lembrar que, em 2002, o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma carta para tranquilizar o mercado quanto às suas ideias quanto à economia. 

O movimento de Bolsonaro vai em linha com a divulgação nesta semana do economista Adolfo Sachsida como um dos contribuintes para o programa econômico do presidenciável. Em entrevista a jornais nesta semana, Sachsida destacou que o deputado defenderá a agenda econômica liberal. 

Na nota divulgada por Bolsonaro, ele afirmou entender “o interesse da sociedade pela equipe de acadêmicos e profissionais que estão integrando o time” e afirmou já poder antecipar que conta “com um sólido grupo, composto por professores de algumas das melhores universidades do Brasil e da Europa”. Segundo a nota, são “indivíduos que são referência na academia, com vários papers publicados em revistas ranqueadas, com larga experiência profissional e sem máculas em seus respectivos históricos”.

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Além disso, ele ressaltou que “evidentemente, nenhum dos membros de nossa equipe defende ideias heterodoxas ou apreço por regimes totalitários”.

Na nota, a equipe do presidenciável ainda destaca: “sabemos que estamos lidando com a vida e o futuro de centenas de milhões de pessoas. Assim, afirmamos que, absolutamente, todas as propostas serão pautadas pelo respeito aos contratos, respeito às leis e pelo TOTAL respeito à Constituição Brasileira”. 

Além disso, aponta, um amplo trabalho vem sendo desenvolvido há alguns meses e já existiram dezenas de reuniões e não se trata “de algo rápido ou superficial”, avalia. Assim, a carta pede que os brasileiros tenham “um pouco mais de paciência a todos, para que tudo seja feito de forma profissional, séria e ética”.  

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Confira a publicação abaixo:

 

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.