Em sabatina, Haddad é cobrado por casos de corrupção e crise econômica de gestão petista

 O candidato a vice pelo PT foi o convidado da noite de quinta-feira de sabatina realizada pela GloboNews 

Weruska Goeking

Brasília - Entrevista com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad sobre o encontro com o Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (Wilson Dias/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – O candidato a vice pelo PT, Fernando Haddad, que disputa a corrida eleitoral em chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foi o convidado da noite de quinta-feira (7) de sabatina realizada pela GloboNews. Ele passou a maior parte do tempo tentando defender seu ponto de vista em relação a acusações e processos por corrupção que pesam contra o partido e seus membros.

O ex-prefeito de São Paulo abriu a entrevista explicando por que manteve sua agenda, apesar do ataque sofrido mais cedo por Jair Bolsonaro (PSL), que foi esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG). “Queria manifestar minha solidariedade a família de Jair Bolsonaro, desejar seu pronto restabelecimento nesse lamentavelmente episódio que fere a democracia antes de tudo, além de atentar fisicamente. Em respeito ao assinante, compareci no dia de hoje e me coloco a disposição de vocês”, disse. 

A partir daí, Haddad foi questionado sobre o envolvimento do governo PT em casos de corrupção, como a Lava Jato. O vice de Lula disse que o partido não tem ligação com o caso e o que ocorreu foi o envolvimento de algumas pessoas que não representam o partido em si, embora fizessem parte dele. A defesa foi vista como incoerente pelos jornalistas e, nesse momento, Haddad foi questionado sobre as denúncias que recaem sobre ele. 

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Vale lembrar que o Ministério Público propôs uma ação civil de improbidade administrativa contra Haddad na semana passada. O processo cita a operação Cifra Oculta, deflagrada pela Polícia Federal para investigar João Vaccari Neto, que na época era tesoureiro do PT. Vaccari teria pedido dinheiro a Ricardo Ribeiro Pessoa, controlador da UTC Participações, para o pagamento de dívidas com gráficas responsáveis pela impressão de material de campanha do ex-prefeito em 2012. Haddad rechaçou a possibilidade de qualquer envolvimento seu no caso e questionou as motivações para esse tipo de denúncia vir à tona faltando pouco mais de um mês para o primeiro turno das eleições deste ano.

O candidato a vice também foi questionado sobre a responsabilidade da gestão petista na maior crise vivida pelo país no último século e ele rebateu dizendo que o PT governou o país por três mandatos completos e que, neste período, houve superávit e redução da dívida pública. Ele reconheceu ter havido erros na condução da política econômica em 2013 e 2014, mas apontou a polarização na reeleição de Dilma Rousseff e a crise política que culminou em seu impeachment como os responsáveis pela deterioração econômica do país. 

A situação do ex-presidente, preso após condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex, também foi tema da sabatina e Haddad disse que o partido recorrerá ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o prazo limite, na próxima terça-feira (11), na tentativa de reverter a decisão de impugnar a candidatura de Lula. 

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Ele evitou se posicionar como candidato à Presidência, se mantendo todo o tempo como vice, e questionado se ele continuaria nesse posto caso seja decidido que um outro nome assuma a cabeça de chapa no lugar de Lula, o petista negou. Ou seja, apontou que ou ele é vice de Lula ou ele é presidenciável.

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