Em nota, Sérgio Machado responde Temer e diz ter “compromisso de falar a verdade”

Ex-presidente da Transpetro ressaltou ter se encontrado com Temer em Brasília, dia em que o peemedebista pediu propina para campanha de Gabriel Chalita

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, decidiu responder ao pronunciamento feito pelo presidente interino Michel Temer na manhã desta quinta-feira (16). Segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o executivo enviou uma nota onde ressalta ter encontrado Temer em Brasília, onde ele pediu propina para ele.

Em seu pronunciamento, o presidente em exercício disse que não deve deixar passar a afirmação de que pratica “malfeitos”. “Falo como homem, como ser humano, para dizer nossa honorabilidade está acima de qualquer função. Ao falar, como ser humano, quero me dirigir à minha família, a muitos amigos e conhecidos que tenho no Brasil, ao povo brasileiro, para dizer que não deixarei passar em branco essas afirmações”, afirmou.

Na véspera, a divulgação da delação de Machado mostrou que o executivo citou Temer ao falar sobre a campanha de Gabriel Chalita, afirmando que o peemedebista pediu propina na época.

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Confira a nota de Machado, divulgada por Lauro Jardim:

“1) Quando se faz acordo de colaboração assume-se o compromisso de falar a verdade e não se pode omitir nenhum fato; falo aqui sob esse compromisso;

2) Em setembro 2012 fui procurado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), presidente em exercício do partido, com uma demanda do então vice-presidente da República, Michel Temer: um pedido de ajuda para o candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, porque a campanha estava em dificuldades financeiras;

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3) Naquele mesmo mês, estive na Base Aérea de Brasília com Michel Temer, que embarcava para São Paulo. Nos reunimos numa sala reservada;

4) Na conversa, o vice-presidente Michel Temer solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita;

5) O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente a empresa doadora;

6) Após esta conversa mantive contato com a empresa Queiroz Galvão, que tinha contratos com a Transpetro, e viabilizei uma doação de R$ 1,5 milhão feita ao diretório nacional do PMDB; o diretório repassou os recursos diretamente à campanha de Chalita. A doação oficial pode ser facilmente comprovada por meio da prestação de contas da campanha do PMDB;

7) É fato que nunca estive com Chalita”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.