Em meio a escândalo de espionagem, Dilma decide hoje se cancela ou não viagem aos EUA

Presidente irritou-se com espionagem norte-americana ao seu gabinete e à rede privada da Petrobras

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – Ninguém gosta de bisbilhoteiros, que ficam de olho na vida alheia. Muito mesmo Dilma Rousseff. A Presidente da República tinha uma viagem diplomática marcada para Washington, nos EUA, para o dia 23 de outubro, quando visitaria os três poderes norte-americanos e participaria inclusive de um baile de gala no país. Mas as denúncias de espionagem do gabinete de Dilma e até mesmo da Petrobras (PETR3, PETR4) estremeceram as relações diplomáticas entre os dois países e fizeram a presidente a princípio, cancelar sua viagem.

Dilma cobra explicações convincentes do governo norte-americano, além de querer saber exatamente quais dados o país conseguiu com a espionagem. Na reunião do G-20, mês passado, a presidente conversou com Barack Obama, mas não ficou satisfeita com as explicações dadas por ele, que garantiu que entraria em contato com a presidente novamente, o que fez na noite da última segunda-feira (16), através de uma ligação telefônica.

Membros do gabinete de Dilma confirmaram a conversa, de cerca de 20 minutos, mas nesta manhã, em entrevista à uma rádio gaúcha, a presidente disse que decidirá ao longo do dia se cancela ou não a visita diplomática. Na próxima semana, a presidente fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e deve condenar a espionagem a governos e empresas.

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Espionagem
Pouco tempo após a revelação feita por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA (National Security Agency) que tem revelado diversos dossiês sobre as atividades de espionagem norte-americanas, a presidente cancelou a viagem que uma comitiva faria aos EUA, afim de preparar a chegada de Dilma no país. Apesar do cancelamento, ainda há tempo para reverter a decisão, caso a presidente resolva manter a visita.

Segundo reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, documentos divulgados por Snowden apontam espionagem no gabinete de Dilma e também na rede privada da Petrobras. Um dos receios do governo é de que empresas norte-americanas tenham acesso à estratégia da companhia para o leilão do pré-sal, marcado para 21 de outubro.

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