Em inserção pró-protesto, PSDB usará fala de Dilma; partido segue cautela sobre impeachment

Os tucanos, afirma o jornal, exibirão imagens de Dilma falando sobre temas como redução na conta de luz e a inflação, para evidenciar que as promessas feitas durante a eleição presidencial do ano passado não foram cumpridas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em propagandas partidárias em que estimulará a adesão aos protestos contra o governo, o PSDB usará falas da presidente Dilma Rousseff, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. O partido fará inserções de TV na sexta e no sábado. 

Os tucanos, afirma o jornal, exibirão imagens de Dilma falando sobre temas como redução na conta de luz e a inflação, para evidenciar que as promessas feitas durante a eleição presidencial do ano passado não foram cumpridas. Somente atores aparecerão na propaganda e, ao final dela, será exibida uma mensagem dizendo que o PSDB “apoia as manifestações de rua”.

Na última terça-feira, em reunião com líderes e vice-presidente do PSDB, o presidente do partido Aécio Neves (MG) anunciou o fechamento de questão do partido em apoio às manifestações do próximo dia 16. 

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Houve também um consenso em manter cautela frente a um processo de impeachment e deixar o destino da presidente Dilma Rousseff (PT) nas mãos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e STF (Supremo Tribunal Federal). A avaliação é de que a prisão do ex-ministro José Dirceu será mais um ingrediente para a promoção das manifestações, assim como a inflação e o aumento do desemprego.

Além da cautela com o pedido de impeachment, o PSDB ainda quer dosar a proximidade com o presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RJ), Eduardo Cunha, na volta do recesso parlamentar. 

De acordo com o apurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, antes de fechar qualquer acordo com o presidente da Câmara, é preciso aguardar as manifestações e o eventual desgaste do Planalto com a crise econômica. Há receio em entrar num projeto de impeachment sem ter um verdadeiro “termômetro social” pode abrir caminho para o governo se recuperar. 

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Na pauta da reunião, também foi discutida a possível manobra regimental para votar o impeachment de Dilma, que foi negada por Cunha. Aécio não teria se posicionado nem contra nem a favor da iniciativa, enquanto, em público, disse ser “provável” que vá às manifestações anti-Dilma. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.