Em discurso, Lula confirma: “vou até as últimas consequências” para disputar 2018

Ex-presidente ressaltou que tudo que não quer é ser condenado sendo inocente: "se apresentarem provas contra mim de todas as acusações, terei a satisfação de vir aqui e dizer que não posso ser candidato" 

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Em discurso realizado nesta quarta-feira (13) em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai brigar “até as últimas consequências” para disputar a presidência em 2018. Essa foi a primeira reação pública do petista após a decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª região de marcar o julgamento do caso tríplex para 24 de janeiro. 

Ele apontou ainda que não quer que os petistas tenham um candidato “escondido” na sua candidatura. Ou seja, um candidato que participa do pleito para não ser preso. Lula ressaltou que tudo que não quer é ser condenado sendo inocente. “Se apresentarem provas contra mim de todas as acusações, terei a satisfação de vir aqui e dizer que não posso ser candidato.” 

“A única coisa que não quero é ser condenado [sendo] inocente. Por isso vou brigar até as últimas consequências. A tentativa é para evitar que o PT volte ao poder. No Brasil ainda estamos meio anestesiados”, disse ele. 

Continua depois da publicidade

Vale destacar que Lula, após a decisão do TRF, poderá recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a decisão e qualquer decisão tomada pela Corte provavelmente irá para o STF (Supremo Tribunal Federal). 

Em seu discurso, o ex-presidente fez poucas considerações sobre a data do julgamento, mostrando um processo bastante célere na comparação com outros da Corte.”Não posso falar muito sobre a data. Sempre critiquei a Justiça morosa. Agora que eles apressaram, eu não vou criticar. Eu não faço um monte de coisa que eu queria. Se eu pudesse, marcaria a data para depois das eleições. Eles façam o que quiserem. Só quero que eles leiam o processo”, disse ele.  

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.