Em debate promovido pela Folha/UOL, candidatos intensificam os ataques

Marina Silva também elevou o tom ao alfinetar políticas do PSDB e PT; temas de destaque foram carga tributária, saneamento e educação

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SÃO PAULO – No debate entre os presidenciáveis promovido pela Folha e pelo portal UOL nesta quarta-feira (18), o tom foi de ataques mútuos. José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) protagonizaram boa parte dos confrontos em temas como educação, carga tributária e saneamento.

Até mesmo Marina Silva, candidata pelo PV, partiu para a briga. Ela alfinetou as políticas do PSDB e do PT, e disse ver pouca diferença entre Dilma e Serra. De um lado, Marina criticou a gestão tucana da educação e, de outro, acusou a campanha da petista de tentar infantilizar o país, ao tentar atribuir “a maternidade ou a paternidade” de programas federais.

Marina preferiu não se pronunciar sobre quem apoiaria no segundo turno, caso perca na primeira fase, e emendou uma fala provocadora: “não encontro muita diferença entre o governador Serra e a ministra Dilma. Ambos são bons gerentes. Ambos são muito bons na esgrima. Mas não foram capazes de atualizar seus pensamentos”.

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Carga tributária
No debate sobre carga tributária, Serra trouxe mais uma vez à tona dados que indicam que o Brasil possui a maior carga tributária entre países desenvolvidos, e comparou-os aos investimentos do Estado. Segundo ele, o País possui o “governo que menos investe no mundo”.

Dilma rebateu as acusações, dizendo que elas são baseadas em números desatualizados, de 2008. “É bom você se atualizar e ver se essa afirmação tem consistência”, disse a petista. Ela aproveitou a oportunidade para citar políticas de reduções de impostos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Na última crise, reduzimos o IPI de automóveis, da linha branca e da construção civil. Fizemos todo um esforço tributário para manter a economia funcionando”, disse a ex-ministra. Ela criticou ainda a gestão de FHC, citando que os padrões econômicos de indexação do dólar ao real naquela gestão quebrariam a economia nacional durante a última crise se tivessem sido mantidos.

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Saneamento
Na opinião de Serra, mesmo com a redução dos impostos anteriormente citados pela candidata adversária, o governo Lula elevou as taxas para o sanemento e o setor elétrico. Segundo ele, enquanto o PIS/Cofins aumentou de 3% para 7,6%, o imposto sobre energia elétrica subiu de 3,65% para 9,6%, e muito pouco foi feito com o dinheiro.

Dilma mais uma vez acusou o governo de FHC, desta vez por conta das origens dos problemas de saneamento no país. “Nós estamos botando R$ 40 bilhões (em saneamento), enquanto o governo do senhor Fernando Henrique Cardoso botava muito menos”, rebateu a petista.

Educação
O tema foi abordado por Marina Silva e José Serra, quando o ex-governador perguntou à candidata qual a importância, para ela, do ensino técnico. 

“Ensino técnico e profissionalizante é importante, mas é fundamental que façamos uma atualização de conteúdos, sair dessa situação vergonhosa que temos no país”, atacou Marina. Segundo ela, o PSDB, que ocupa há 20 anos a gestão do governo de São Paulo, negligencia historicamente o tema no estado, que deveria ocupar uma posição de vanguarda no assunto.

Em resposta, Serra propôs soluções tanto para São Paulo, quanto a nível federal. Entre as sugestões, citou a criação da Protec, um programa semelhante ao ProUni, mas destinado ao ensino técnico. “Vou aumentar em 1 milhão de vagas no setor público em 4 anos no ensino técnico, além dos estudantes do Protec. Aqui em São Paulo promoveremos um crescimento acelerado. Tem mais alunos no estado do que na União”, disse o tucano.

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