Em carta, Lula indica Fernando Haddad a vice presidente em chapa do PT

O ex-presidente enviou neste domingo uma carta à Executiva Nacional do PT

Lara Rizério

Brasília- DF 27-10-2016 Fernando Haddad (PT/SP) Prefeito de São Paulo durante entrevista no Palácio do PlanaltoFoto Lula Marques/ AGPT

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SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou neste domingo uma carta à Executiva Nacional do PT. Nela, ele indica o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para ser o candidato a vice na chapa da legenda, possibilidade já antecipada pelo InfoMoney na véspera.

Na carta, Lula apontou ser possível o nome de Manuela D’Ávila, atual candidata à presidência pelo PCdoB, para compor a chapa. Contudo, deixou a decisão para a executiva do PT.

Na última semana, Haddad concedeu entrevista exclusiva ao InfoMoney. Clique aqui para assistir.

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Neste momento a Executiva do PT está deliberando sobre o nome de Haddad e o resultado pode ser anunciado ainda hoje.

A estratégia

Alguns elementos potencializam o nome de Haddad. O fato de ser de São Paulo, maior colégio eleitoral do País, e ter governado a capital do estado por 4 anos ajuda, embora tenha saído derrotado em primeiro turno da disputa pela reeleição, em 2016.

São Paulo também é estratégico por representar a cidadela de Geraldo Alckmin (PSDB), adversário com maior estrutura de campanha nesta corrida presidencial. Apesar do tempo como governador do estado, o tucano não detém a preferência da maioria dos paulistas na disputa até o momento.

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Segundo pesquisa Ibope divulgada ontem, Lula lidera o pleito no cenário de primeiro turno em que sua candidatura é considerada, com 23% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 18%. Alckmin, por sua vez, tem a preferência de 15%. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.

A escolha de um nome do estado pode ajudar a candidatura petista a manter parte dos votos que Lula hoje detém, somando pontos em terreno adversário. Haddad não é um nome com força no Nordeste, mas o peso do lulismo pode mover pedras. Além disso, a conquista da neutralidade do PSB, que antes negociava com a candidatura de Ciro Gomes (PDT) dá importante vantagem ao PT.

Com o quadro de inelegibilidade de Lula, Haddad é tido como o “plano B” do PT para a eleição presidencial, embora negue tal hipótese. O partido insiste que levará a candidatura do ex-presidente até as últimas consequências. Mas, com a tendência de que a Justiça Eleitoral barre a estratégia inicial, a sigla poderá substituir a candidatura. Uma das teses ventiladas é a de que Haddad poderia naturalmente herdar o posto estando na vice da chapa. Além disso, o processo de transferência de votos de Lula ao ex-prefeito poderia ser melhor preparado.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.