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SÃO PAULO – Segundo especialistas em segurança de dados, o sistema de votação eletrônica, usado há dez anos no País, ainda precisa ser melhorado para reduzir a possibilidade de fraudes.
Para os técnicos, a principal forma de aperfeiçoar a urna eletrônica seria imprimindo um comprovante do voto, que seria depositado em outra urna, e conferindo o resultado da votação nos dois sistemas.
Fraudes
Na opinião do engenheiro especializado em segurança de dados, Amílcar Brunazo, fazendo as duas votações, há uma forma de conferir o sistema impresso com o eletrônico. “Se um sistema for fraudado, a diferença vai ser percebida”, argumenta.
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Já o professor do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas, Jorge Stolfi, é mais duro na crítica: “Resolveram o problema de fraude tornando-a indetectável. Criou-se um sistema que é perfeito simplesmente porque é impossível descobrir seus defeitos”, afirma.
Pedro Rezende, professor da Universidade de Brasília, explica que o problema é a própria lógica adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral, de que um sistema de informática é mais seguro se for o mais fechado possível e com pessoas o controlando.
Retrocesso
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Na opinião do secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, a impressão do voto seria um retrocesso. “É preciso fazer a verificação do sistema eletrônico de forma eletrônica, e não voltar ao processo manual”, argumenta.
“Os dispositivos de auditoria dos sistemas eletrônicos são mais eficazes que a impressão do voto, o que permite uma nova possibilidade de fraude” alega Janino.
Segundo o secretário, a assinatura digital, um dos dispositivos de segurança do TSE, acusa se o programa da urna foi alterado. “Quando a urna é lacrada, é criada uma assinatura, ou marca eletrônica, para cada equipamento”, informa.
Entretanto, o método não é considerado seguro pelos especialistas que defendem a impressão do voto. “A assinatura digital também pode ser falsificada”, aponta o professor da UnB.
Com informações da Agência Brasil.
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