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SÃO PAULO – Em relatório, o Santander destacou que o resultado das eleições municipais de 2016, que mostrou enfraquecimento do PT e fortalecimento do PSDB (com destaque para a vitória de João Doria no primeiro turno em São Paulo) traz uma leitura positiva para os mercados. Contudo, a reação tão positiva do Ibovespa na segunda, com o índice tendo ganhos de quase 2% e se descolando do exterior, foi uma surpresa para banco.
“Em geral, os locais leram o resultado como uma ‘confirmação do processo de impeachment’ ou, em outras palavras, que o novo governo tem agora a legitimidade para implementar as reformas”. A segunda leitura é que o PSDB está de volta ao jogo e, dado o seu histórico de atuação na economia, isto será também favorável para os mercados.
“O resultado é, sim, uma virada de jogo e uma confirmação de nossa teoria de longo prazo: o Brasil é essencialmente uma história cíclica”, afirma.
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Mas há um porém: o Santander avalia que a percepção é que o bom momento já está precificado e, por isso, deve se ter cautela na tomada de risco nesto momento.
Por outro lado, ao falar do câmbio, o Santander ressalta que não se pode ignorar que os mercados globais estão tendo algum alívio, ajudando o real a ter um bom desempenho. O banco destaca que o Banco Central vem tomando a decisão certo em oferecer contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra de dólar no mercado futuro.
“Continuamos neutros com o câmbio, embora não descartemos mais algum alívio com o dólar abaixo de R$ 3,20 novamente. Temos algumas boas notícias no Brasil, mas ainda vemos alguns importantes riscos de cauda globais à frente”, destaca o banco. Sobre inflação, há perspectivas otimistas de desaceleração. Além disso, a Petrobras pode mudar a sua política de preços para que os combustíveis fiquem em linha com os preços internacionais, o que, em conjunto com o alívio dos preços de commodities, pode representar um efeito de 1 ponto percentual para baixo no IPCA no próximo ano.
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Portanto, a conclusão é que o Brasil continua no bom caminho, mas o valuation mudou e não está mais tão barato. “A preocupação maior é o crescimento: a recuperação ainda não chegou, o risco para 2017 permanece sobre a mesa e a solvência fiscal depende essencialmente do crescimento”, aponta o banco.
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