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SÃO PAULO – O noticiário externo não agradou o mercado e a forte queda de ações de companhias com grande volume de negociação no Ibovespa, como a Vale (VALE3, VALE5) e Petrobras (PETR3, PETR4), puxou a queda de 1,41% do índice na semana entre os dias 30 de abril e 1 de maio, encerrando aos 60.820 pontos.
Entre as referências internacionais, os indicadores norte-americanos surpreenderam negativamente o mercado, com destaque para o relatório de emprego. Enquanto isso, na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) manteve a linha de consolidação fiscal e reformas estruturais a fim de estimular o crescimento, o que também desagradou o mercado, “que esperava sinalização de estímulo adicional para as economias combalidas”, afirma a equipe de análise da LCA Consultores.
No front doméstico, o desempenho negativo da sondagem industrial em março sinalizou um PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2012 aquém do esperado. Para a LCA, isso reforça a perspectiva de novos cortes da Selic, visto que os riscos para inflação seguem limitados no curto prazo. Contribui também para este corte o cenário internacional ainda incerto e a alteração pelo Governo da regra da poupança que, até então, se apresentava como um limite para reduções dos juros a patamares abaixo de 8,5%.
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Eleições europeias em foco
Já na semana entre os dias 7 e 11 de maio, o mercado deve continuar a acompanhar os mesmos pilares para determinar o desempenho do período, acompanhando os indicadores econômicos revelados ao redor do mundo e respondendo aos seus resultados no decorrer da semana.
A novidade para o período, no entanto, fica para o resultado das eleições presidenciais na França, que acontece no fim de semana. “O mercado acompanha a eleição em um país que é importante na estrutura”, afirma o diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.
Se o resultado vier dentro do esperado, o candidato socialista, François Hollande, será o vencedor das eleições frente ao presidente Nicolas Sarkozy. Isso muda tanto a orientação econômica do país, como também a de seus sócios europeus. “O primeiro pronunciamento do presidente eleito vai indicar os rumos políticos do país e será de grande relevância para o mercado na próxima semana”, completa.
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O economista destaca ainda as decisões sobre os novos governantes da Grécia, Alemanha e Itália , decisões que também devem mexer com o desempenho do mercado no período.
Agenda econômica
Outros indicadores no cenário externo devem ser de grande relevância para o desempenho do mercado na semana. Os economistas José Francisco de Lima Gonçalves, Luis Fernando Azevedo e Armênio Westin, da Fator Corretora, destacam nos Estados Unidos a divulgação da balança comercial e confiança do consumidor, enquanto, na Europa, a decisão de política monetária no Reino Unido, produção industrial na Alemanha e leilões de títulos públicos chamam a atenção no período.
A Ásia também ganha destaque com a divulgação de dados sobre inflação, produção industrial, vendas no varejo e balança comercial na China. “De uma maneira geral, o medo é que a desaceleração do crescimento venha maior do que aquela já espera pelo mercado”, afirma Márcio Cardoso, da Título Corretora.
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