Eleição ainda é de Dilma, mas ela só leva se fizer uma campanha determinada, diz FT

Blog do jornal britânico Beyond Brics destaca estreitamento da diferença entre Aécio Neves e Dilma Rousseff, mas aponta: eleição ainda parece pertencer à petista

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Financial Times também deu destaque à corrida eleitoral no Brasil, dando especial ênfase à maior disputa aos candidatos presidenciais pelas intenções de voto, evidenciada pelo estreitamento das diferenças entre Dilma Rousseff e Aécio Neves apresentado pelas pesquisas Ibope e Datafolha. 

O blog do jornal, Beyond Brics, destacou que, até recentemente, a sabedoria comum mostrava que a eleição pendia para uma vitória tranquila de Dilma. Contudo, os sinais de que a titular no cargo pode ter que lutar para evitar um deslize num segundo mandato estão aparecendo cada vez mais.

“Embora as pesquisas ainda mostrem a liderança de Dilma no primeiro turno da eleição presidencial, as últimas duas pesquisas – Datafolha e Ibope – revelam que a diferença entre ela e o líder da oposição, Aécio Neves, está diminuindo no segundo turno”, aponta o blog.

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O blog do FT cita ainda duas análises, bastante diversas, a da Nomura e da Eurasia Group. O Nomura destacou que o apoio de Dilma teria sido mais fraco se não tivesse um resultado anômalo no Sul do País, que ainda conta com um grande número de eleitores indecisos. Quando eles começarem a se decidir, provavelmente seguirão o sudeste e, assim, Aécio deve vencer no segundo turno, aponta o economista da instituição, Tony Volpon. Com estas variáveis consideradas, a Nomura elevou de 60% para 70% as chances de Aécio vencer no segundo turno.

Enquanto isso, o FT também cita a opinião da Eurasia Group, que vê chances menores de Dilma ser reeleita, mas com ela ainda sendo a grande favorita, com chances de 60%.

Ela ainda tem uma mensagem muito poderosa para entregar durante a campanha, diz a Eurasia, especialmente quando o tempo de propaganda de TV começar, no dia 19 de agosto.

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“Apesar de indicadores claros de uma desaceleração do crescimento e o maior risco do Brasil entrar em uma recessão técnica, o desemprego permanece baixo em termos históricos e a renda real não vem caindo. Mais importante ainda, tem havido um enorme aumento na renda disponível e emancipação econômica, com as famílias passando de classes econômicas mais baixas para a nova classe média”, afirma.

A campanha de Dilma Rousseff, ao lado de Lula, vai lembrar os eleitores dos ganhos econômicos acumulados durante o governo o PT, destacando que a oposição não deve ser confiável para lidar com a gama de questões eleitores de classe média, afirma ainda a Eurasia.

Neste cenário, o blog chega a uma “mensagem final”. Para o Beyond Brics, a eleição ainda parece pertencer à Dilma. Mas, ela só levará o pleito com uma condição: “só se ela começar a empreender uma campanha determinada”, conclui o jornal.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.