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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), fez neste sábado (25) uma sinalização explícita em direção a uma aliança com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas evitou vincular qualquer apoio a acordos nacionais.
Durante um evento político na Baixada Fluminense, Paes disse ao deputado Altineu Cortes, presidente estadual do PL, que os dois partidos devem caminhar juntos “por amor ao estado do Rio de Janeiro”.

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“Não tenho dúvidas de que vamos estar juntos, mas é por um só amor: o amor ao estado do Rio”, afirmou Paes, em discurso durante a filiação do deputado Luciano Vieira (PSDB) em São João de Meriti.
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A declaração ocorre em meio a intensas negociações partidárias na reta de largada para 2026, quando Paes é cotado para disputar o governo do estado.
Aliança sob condições
Segundo bastidores noticiados pelo UOL, líderes do PL fluminense afirmam que uma aliança com o prefeito só será possível se ele apoiar Bolsonaro ou seu indicado à Presidência.
O presidente municipal da sigla, Bruno Bonetti, afirmou nesta semana que “fora isso, não há possibilidade” de apoio. O próprio Altineu Cortes reforçou o condicionamento:
“Só estaremos com Paes se o candidato a presidente dele for o mesmo do PL”, disse ao O Globo.
A fala de Paes neste sábado, no entanto, reforça o tom de independência, afastando a ideia de subordinar o palanque fluminense às articulações nacionais.
“Essa foi uma semana de muitas especulações, general Pazuello. E alguém disse que só teria consequência se a gente fizesse uma dedicatória de amor a fulano ou beltrano”, ironizou, referindo-se ao deputado Eduardo Pazuello (PL).
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Estratégia do PSD
No plano nacional, o PSD de Paes deve apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele se lance à Presidência, mais uma sinalização feita pelo presidente da legenda, Gilberto Kassab.
Se Tarcísio não entrar na disputa, Kassab disse que o partido pretende lançar dois nomes próprios: os governadores Eduardo Leite (RS) e Ratinho Jr. (PR).
“São dois quadros que têm mostrado bons legados e estão prontos para apresentar suas propostas ao país”, afirmou Kassab no mês passado.
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Enquanto o tabuleiro nacional se desenha, Paes tenta construir uma frente estadual ampla para 2026, que reúna setores da direita e do centro em torno de uma bandeira comum: a reconstrução econômica e social do Rio.