Eduardo Campos destaca crise de confiança e lembra de desempenho pífio da Bovespa

Apresentando-se como "terceira via" à Dilma Rousseff e Aécio Neves, Campos critica o governo na área econômica, mas faz elogios à área social

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Eduardo Campos, governador de Pernambuco e candidato a presidência pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), voltou a criticar o governo de Dilma Rousseff publicamente. Em ritmo de eleições, Campos afirmou que o Brasil vem vivendo uma crise de expectativas – cada vez piores pelo andamento do governo de Dilma. 

Apresentando-se como “terceira via” à Dilma Rousseff e Aécio Neves, Campos critica o governo na área econômica, mas faz elogios à área social – onde o PT é bem visto pela população. Na economia, diz que os problemas estão sendo gerados pela falta de perspectivas positivas, o que tem prejudicado o desempenho do Ibovespa, principal termômetro da bolsa, que caiu 15,50%, a maior queda entre as principais bolsas mundiais.

Campos também lembra do crescimento da economia latino-americana, onde apenas Venezuela e Argentina, “desgovernados” por Nicolás Maduro e Cristina Kirchner, vão pior do que o Brasil. Para ele, é necessário que o Brasil faça um debate verdadeiro para reencontrar o caminho do crescimento – já que no momento, o País não tem espaço para fazer mágica. 

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A economia é um jogo de expectativa. À medida que você imagina que o futuro vai ser melhor, isso melhora o presente. Quando você tem uma expectativa de que o futuro será pior, isso piora o presente. E eu venho alertando faz tempo que o Brasil vive uma crise de expectativa.

Nós temos, hoje, problemas macroeconômicos que precisam ser enfrentados. Há três anos seguidos o Brasil cresce uma média que é a metade do que vinha crescendo. Nestes três anos, a América Latina tem crescido 40%, 50% de média a mais que o Brasil. O mundo está crescendo mais que o Brasil. Assim, temos a inflação de volta batendo na porta dos brasileiros e o Bovespa despencando mais de 15%, que é a pior queda das 20 maiores bolsas de valores do mundo.

Numa situação dessas não se tem espaço de manobra para tentar fazer mágica. Qualquer passo errado pode comprometer ainda mais a situação. O que precisa ser feito é um debate verdadeiro, sem um ficar jogando a culpa no outro, mas também sem eximir a responsabilidade de ninguém. É preciso um debate que faça o Brasil reencontrar o caminho do crescimento.

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E também não adianta nada, nessa hora, esconder as deficiências. O pior erro na vida de uma pessoa, de uma comunidade, de uma organização e, sobretudo, de um país, é não ter humildade para reconhecer as coisas que precisam ser consertadas. Porque o povo, o cidadão que está pagando tributo, não quer saber se é Partido A, se é Partido B, se é o Partido C. Ele quer saber se o emprego dele está correndo risco, porque ele está endividado, porque a empresa que ele trabalha está vendendo menos do que imaginava.

E essas questões precisam ser vistas com objetividade e franqueza, pensando sempre em ver o Brasil retomar seu crescimento. É preciso tranquilidade, porque ninguém faz nada bem feito de forma afobada. O Brasil não precisa de afobamento, precisa de sinceridade.

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