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SÃO PAULO – Em artigo para o jornal O Globo, a economista e sócia diretora da Galanto Consultoria Monica de Bolle traçou um cenário sobre o que esperar de Marina Silva na área econômica, após o período de grande especulação sobre o que iria acontecer após a morte de Eduardo Campos, na última quarta-feira (13).
Monica ressalta que, após o fatídico 13 de agosto, formou-se um consenso de que Marina há de levar as eleições para o segundo turno, algo que não estava garantido com Campos, além do acirramento do “Fla-Flu” entre o PT e o PSDB.
Mas o que esperar da Marina? Monica ressalta que os assessores de Marina já sinalizaram que a agenda é similar ao do PSDB. “É preciso reformar as instituições que gerem a política econômica, reconstruindo as bases da política monetária e da política fiscal. É preciso ter metas claras para as variáveis fiscais. É preciso recriar o regime de metas de inflação, que tantas ofensas sofreu nesses últimos quatro anos. É necessário desembaralhar o setor elétrico, a Petrobras (PETR3;PETR4). Essa é a parte mais difícil”, ressaltou.
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Assim, afirma, com esse discurso, “a equipe econômica de Marina nada deixaria a desejar à equipe econômica de Aécio” ressaltando que, mesmo que os dois times não tenham o mesmo nome, eles têm o mesmo DNA.
E isso é fundamental para resgatar a confiança na economia, aponta. Porém, aponta, mesmo que haja um ânimo com a perspectiva de entrada de Marina na corrida presidencial no curto prazo, todos sabem que nada será fácil no médio prazo.
“Como tenho insistido, 2015 será um ano complicado na economia, ganhe quem ganhar. A preocupação de todos, portanto, é com o que virá depois. E o que virá depois não pode ser uma emulação do Ministro Guido Mantega, repetindo em entrevistas as incansáveis ladainhas que poucos ainda se dão ao trabalho de ler”, afirma. E ressalta: não é apenas um consenso de mercado que o País está desaprumado, não é um diagnóstico de pessimistas. “A fantasia cansou”, afirma.
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“Não desistamos, portanto, do Brasil. Que venha um outubro de esperança depois do agosto da tragédia”, conclui a economista.
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