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São Paulo – A The Economist traz em revista desta semana um artigo com críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff e a chamando-a petista de “O Fantasma do Planalto” e destacando que, apesar de estar no Planalto, não está mais no poder, já que não é mais ela ou o PT que tomam as decisões de governo.
A revista destaca que as recentes manifestações de rua mostraram que os protestantes já ganharam mais do que imaginam, pois em menos de quatro meses após o início de seu segundo mandato consecutivo Dilma continua em seu cargo; porém, para muitos efeitos práticos, Dilma não está mais no poder.
E, se um lado, o economista descrito como treinado na Universidade de Chicago está no comando do Ministério da Fazenda [Joaquim Levy], do outro, o controle do Congrresso está nas mãos do ressentido PMDB. De acordo com a publicação, a vingança veio na forma do deputado peemedebista Eduardo Cunha, eleito presidente da Câmara. “Ele conseguiu a cabeça de quatro ministros em dez semanas de cargo”, afirma a revista, referindo-se às demissões de Pepe Vargas, que saiu de Relações Institucionais e foi para Direitos Humanos; Ideli Salvatti, ex-ministra de Direitos Humanos; Cid Gomes, que deixou a Educação após entrar em discussão com Cunha; e Vinicius Lages, que deixou o Turismo para abrir caminho a Henrique Eduardo Alves, aliado de Cunha.
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Além disso, a matéria ainda destaca que Dilma delegou ao seu vice-presidente à articulação política em busca de aproximação com o Congresso.
O texto destaca ainda que até mesmo a permanência da presidente no cargo parece incerta, afirmando que a combinação incendiária de economia em baixa com o grande escândalo de corrupção na Petrobras contribuiu para derrubar seu índice de popularidade.
Assim, a situação atual é de um grande revés para o PT, que durante anos dominou a política brasileira graças a Lula, sendo que o fato de Dilma ter ainda pela frente quase quatro anos de mandato torna ainda mais dramática “a hemorragia do poder presidencial”. “Nesse tempo a economia vai certamente piorar antes de melhorar”, afirma, e a Economist questiona: “ela conseguirá sobreviver?” Por outro lado, a revista avalia que Fernando Henrique Cardoso tem razão ao avaliar o impeachment como precipitado.
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E conclui o texto questionando se a presidente, “quase sem amigos” e com um longo e desanimador trabalho pela frente conseguirá ter coragem suficiente para tentar recuperar o poder que perdeu.
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