“É melhor que Lula dispute a eleição, perca e daí sim sofra o destino da Justiça”, diz Doria

De acordo com o prefeito, o ex-presidente precisa receber uma lição do Brasil através do voto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em evento nesta sexta-feira (12), o prefeito de São Paulo João Doria defendeu a aprovação das reformas promovidas pelo governo de Michel Temer, caso da previdência e trabalhista, além de defender as reformas política e tributária como importantes para o País. Ele alertou para que uma “minoria silenciosa” não se sobreponha, caso dos sindicatos, contra as reformas.  

Falando para uma plateia de investidores em evento promovido pela Amcham e o Council of the Americas, Doria fez mais uma vez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: esse “cidadão introduziu a mentira ao dizer que não há ninguém mais honesto do que ele. Luiz Inácio Mentiroso da Silva pode voltar, não permitam”, apontou, ao abordar as perspectivas para a eleição de 2018.

Desta forma, ele fez um apelo para os presentes no evento: “não emudeçam, não fiquem quietos”, uma vez que o silêncio poderia contribuir para abrir o caminho para a volta de Lula à Presidência. “Nós temos que defender o Brasil, temos que estar mobilizados. Não permitam que a minoria silenciosa do País defenda posturas egoístas, particulares, medíocres e pequenas de ordem de sindicalistas ou qualquer outro ista”. 

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Doria defendeu a Operação Lava Jato e chamou o juiz Sérgio Moro de herói. Ele afirmou que não quer contestar as decisões do juiz, mas apontou: “é melhor que Lula dispute a eleição, perca e daí sim sofra o destino da Justiça, levando uma lição do País através do voto. Assim, não haverá mais essa história de vítima, do Lula ir à ONU. Assim como a sua pupila Dilma Rousseff, ‘essa inteligência’, não vai dizer que foi perseguida e impeachada  injustamente. Aí vai ser pelo povo “.  

Apesar dessa narrativa, Doria negou que seja candidato a presidente, governador ou à reeleição, afirmando que reeleição é ruim para o País. Ele também reafirmou que não é político e sim “um administrador, um gestor”. 

Segundo o prefeito, o seu objetivo como prefeito é ter orgulho, no final de sua trajetória, falar que “valeu a pena e que cumpriu a sua missão, ajudando o Brasil a melhorar a partir de São Paulo”. Ele também apontou outra razão: “eu amo o Brasil. Não quero que meus filhos, nossos filhos e netos pensem que têm que sair do Brasil”, fazendo referência à plateia. 

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Ao falar sobre as doações que a prefeitura de São Paulo recebe do setor privado, Doria voltou a alfinetar o petista ao afirmar que não há nenhuma contrapartida na relação com as empresas: “a gente não troca atitude cidadã por cisne nem apartamento no Guarujá. E não precisa justificar usando nome do filho ou esposa morta. As empresas querem ajudar”, Ele citou como exemplo as parcerias da Ambev e Cyrela para reformas no Parque do Ibirapuera e a “adoção” do parque Alfredo Volpi pelo hospital Rede D’or.

Em uma das ações na Lava Jato, Lula é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras e foi ouvido nessa semana por Moro. O Ministério Público Federal alega que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma do triplex no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula, como presentes recebidos no período em que era presidente. O ex-presidente é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula nega as acusações.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.