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O cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, determinou que o padre Júlio Lancelotti interrompa a transmissão de missas ao vivo e suspenda, por tempo indeterminado, sua atuação nas redes sociais. A informação foi divulgada pela colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo.
A decisão também abre a possibilidade de que o religioso deixe a Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, onde atua há mais de quatro décadas, embora essa medida ainda não tenha sido formalizada.
A orientação foi confirmada pelo próprio Lancelotti, que comunicou o fim das transmissões durante uma celebração no domingo (14).
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As missas vinham sendo exibidas ao vivo por canais como a Rede TVT, o portal ICL e plataformas digitais, o que deu visibilidade nacional ao trabalho pastoral do padre, especialmente junto à população em situação de rua.
Em conversa com a Folha de S. Paulo, Lancelotti afirmou que a decisão partiu diretamente do arcebispo e foi apresentada como um pedido de pausa. Segundo ele, dom Odilo avaliou que o afastamento temporário das redes seria uma forma de recolhimento e também de proteção. Questionado sobre sua posição, o padre disse que cabe a ele apenas cumprir a determinação da Arquidiocese.
Conhecido nacionalmente por sua atuação em defesa da população em situação de rua, Lancelotti se tornou alvo recorrente de críticas de políticos e movimentos de direita.
Em nota divulgada nesta terça-feira (16), o padre reforçou que a suspensão das transmissões é temporária e que as missas dominicais seguem sendo celebradas normalmente às 10h, na Capela da Universidade São Judas, na Mooca.
Ele também afirmou que suas redes sociais estão inativas durante esse período de recolhimento e negou qualquer decisão sobre transferência de paróquia, reiterando sua obediência à Arquidiocese de São Paulo.
