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SÃO PAULO – O dólar comercial opera instável nesta terça-feira (22), alternando leves ganhos e a manutenção do patamar de fechamento da véspera, sendo no final da manhã cotado a R$ 1,666 na venda, com crescente aversão ao risco no mercado em decorrência do acirramento das tensões políticas no Oriente Médio e no Norte da África.
Apesar da variação desta terça-feira, a moeda norte-americana registra queda de 0,36% neste mês de fevereiro, porém uma valorização de 0,11% desde o início do ano.
Segundo a LCA, a trajetória para o dólar nesta sessão é de valorização frente ao real. “A alta do dólar no mercado internacional, ligada ao aumento da percepção de risco, deve pressionar a taxa de câmbio”, afirmam os consultores.
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Tensão na Líbia
O mercado segue bastante atento ao desenrolar das tensões políticas na Líbia. Os manifestantes que pedem a saída do atual governo líbio já teriam tomado algumas cidades do país. Por outro lado, a reação às manifestações tem sido considerada excessiva. Além de possuir as maiores reservas de petróleo da África, a Líbia também é um dos principais produtores da commodity no continente.
Desta forma, a aversão ao risco está em alta entre os investidores nesta terça-feira. Os principais índices de ações da Europa operavam com expressivas quedas mais cedo, enquanto que o petróleo e o ouro estavam em alta no mercado. A cotação do primeiro é tida como um termômetro da crise, pelo fato das tensões políticas ocorrerem justamente na região que é uma das maiores produtores mundiais da commodity, ao passo que o metal é considerado como uma reserva de valor em tempos de instabilidade.
Segundo Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, “a taxa de câmbio deve continuar oscilando entre R$ 1,66 e R$ 1,69”, variando dentro desse intervalo conforme a valorização externa do dólar, bastante ligada a aversão ao risco.
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Outros fatores
A tensão política deixa em segundo plano outros fatores, que devem ter influência reduzida na cotação do dólar nesta sessão. Na agenda de indicadores norte-americanos desta data, está prevista a divulgação de números sobre o mercado imobiliário e sobre a confiança do consumidor.
O S&P/Case-Shiller Home Price mede a trajetória dos preços das casas nos EUA, enquanto que o Consumer Confidence apura a confiança dos consumidores norte-americanos tanto com a situação econômica atual como também com a expectativa futura. Os indicadores referem-se aos meses de dezembro e fevereiro, respectivamente.
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