Dólar abre em queda com maior otimismo em relação ao acordo na Grécia

Para especialista, mesmo com queda do dólar, últimas medidas do Governo já conseguiram conter valorização do real

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – O dólar comercial abre a sessão desta quinta-feira, após queda da Selic na véspera, em queda de 0,3%, cotado a R$ 1,759 na venda.

Segundo um operador de câmbio que não quis se identificar, o dólar aponta movimento de queda por aqui em função do avanço das bolsas europeias, que sobem na expectativa de um acordo na Grécia. “Há boas perspectivas de que o acordo saia”, diz.

Seguindo no campo do otimismo, a economia do Japão contraiu menos no último trimestre do que o inicialmente estimado. O PIB (Produto Interno Bruto) japonês encolheu 0,7% entre outubro e dezembro de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010. O dado revisado mostra retração inferior à de 2,3% anunciada no relatório preliminar de fevereiro.

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Ainda lá fora, a reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) desta quinta-feira terminou com a decisão de manter a taxa básica de juro da Zona do Euro inalterada em 1% ao ano, o que não surpreendeu o mercado.

Medidas do Governo reduzem queda da divisa
No que se refere ao cenário doméstico, o especialista afirma que as últimas declarações e ações do Governo e do Banco Central já surtiram efeito no desempenho da moeda, que avançou forte dentro da casa dos R$ 1,70. “Já tivemos uma valorização grande nos últimos dias. O mercado já estava esperando, inclusive, a queda Selic”, reforçou a fonte.

Na véspera, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduziu a taxa básica de juro em 75 pontos-base, para 9,75% ao ano. Esta é a quinta vez que a Selic é reduzida durante o Governo de Dilma Rousseff, chegando ao menor patamar desde abril de 2010, quando estava em 9,5% ao ano. Desde agosto de 2011, a Selic já caiu 275 pontos-base.

Indicadores
Na agenda de indicadores desta quinta-feira a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) que marcou inflação de 0,41% na primeira semana de março.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, que projetou uma safra de 157,5 milhões de toneladas em fevereiro. Por sua vez, o Banco Central revelou o IC-Br (Índice de Commodities) de fevereiro, que marcou cotação média de R$ 121,35, uma variação mensal negativa de 2,96% e de -12,68% na comparação com o mesmo período de 2011.

Por fim, nos Estados Unidos, haverá o Initial Claims, trazendo o número de pedidos de auxílio-desemprego em base semanal.

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