Dólar abre em alta, com sentimento de aversão ao risco mais acentuado

Investidores seguem apreensivos em relação aos desdobramentos da crise na Grécia; Governo segue atento ao câmbio

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Com o sentimento de aversão ao risco acentuado, o dólar comercial inicia os trabalhos desta terça-feira (6) em alta de 0,68%, cotado a R$ 1,747.

A moeda norte-americana reflete o clima de intabailidade global desencadeado pelas incertezas que rondam a Grécia. Os mercados estão apreensivos quanto à troca de títulos da Grécia, tendo em vista que há o temor de que o país não conseguirá a adesão suficiente ao programa de reestruturação, o que levaria o país a declarar default.

Na Zona do Euro, foi divulgado que a produção de riquezas nos 17 países que compõem a área encolheu 0,3% nos últimos três meses de 2011 em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano. Os dados são da Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, e confirma os dados preliminares anunciados em fevereiro.

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Os investidores já olham para os eventos ao final de semana, marcado pela reunião do BCE na quinta-feira e o relatório Payroll nos Estados Unidos, que vai revelar a criação de postos de trabalho por lá, na sexta-feira.

Governo segue atento ao câmbio
Vale lembrar que, na véspera, a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o excesso de recursos injetados na economia global, especialmente depois do empréstimo recorde do BCE (Banco Central Europeu) aos bancos do continente. 

No último dia 29, a autoridade monetária europeia anunciou que € 529,53 bilhões estão à disposição de bancos da Zona do Euro para poder aquecer o oferecimento de crédito no bloco. O montante superou as expectativas do mercado, que giravam em torno dos € 500 bilhões, e também a última operação do tipo, que havia chegado a € 489 bilhões.

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A presidente disse que essa expansão monetária produz desvalorização artificial das moedas e uma bolha especulativa e que o momento é importante para discutir os “mecanismos incorretos” de política cambial. “Por isso o Brasil quer mostrar que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado, que é o câmbio. Não é tarifa, é o câmbio. O câmbio hoje é uma forma artificial de proteção do mercado”, afirmou.

Na mesma data, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rebateu as críticas da presidente Dilma Rousseff de que a Europa teria feito um “tsunami monetário”, afirmando que os países desenvolvidos estão preocupados com “medidas protecionistas” brasileiras. Ambas declarações aconteceram em Hannover, onde as líderes participaram da inaguração de uma feira de alta tecnologia, além de se reunirem para falar da crise financeira internacional.

Indicadores
Na agenda de indicadores domésticos desta terça-feira, o destaque fica por conta do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou avanço de 2,7% em 2011.

Ainda por aqui, os investidores ficam atentos ao primeiro dia de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), já que na quarta-feira será definida a nova taxa básica de juros para a economia brasileira. Nos Estados Unidos, não serão divulgados indicadores relevantes neste dia.

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