Publicidade
SÃO PAULO – Aos 65 anos de idade, o influente senador norte-americano de Connecticut, Christopher Dodd, presidente da Comissão Bancária do Senado, anunciou na última quarta-feira (6) que não irá mais concorrer à eleição de seu sexto mandato em novembro.
A dúvida que paira agora sobre a esfera política dos EUA é o tamanho das consequências do ato para os debates da reforma financeira no país. Dodd sempre foi um político marcado por seu perfil agressivo quanto às reformas e tido com muita seriedade por seus pares.
Após anúncio, os oponentes da reforma disseram que, com a decisão de não disputar a reeleição, Dodd abre caminho para que as mudanças no mercado financeiro não se concretizem, possivelmente arruinando suas propostas para a existência de um banco controlador e a criação de uma agência financeira de vigilância dos consumidores.
Continua depois da publicidade
Hora de se aposentar
O senador foi eleito para o seu primeiro mandato em 1980 e foi uma das peças chave do primeiro plano para enfrentar a crise bancária e financeira no país, no quarto trimestre de 2008, época na qual o Congresso aprovou um plano de resgate de US$ 700 bilhões. Além disso, também foi importante nos debates sobre a reforma da saúde proposta pelo presidente Barack Obama.
“Chegou a hora de me aposentar”, afirmou Dodd, rebatendo rumores de que sua saída tenha sido motivada pela dificuldade que teria de se manter no cargo, concorrendo com a forte republicana Linda McMahon em novembro.
Poderio democrata posto à prova
A saída de Dodd soma-se à de Byron Dorgan, senador da Dakota do Norte, que também anunciou sua renúncia à reeleição na última semana. Com isso, crescem as dúvidas quanto à manutenção do controle democrata no senado norte-americano, já tênue, e a possibilidade de aprovação da reforma financeira.