Do abandono do outsider Luciano Huck à folia dos políticos no TSE: a análise da semana pós-Carnaval

O programa Conexão Brasília é transmitido às sextas-feiras, a partir das 14h45; acompanhe ao vivo

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A volta do Carnaval trouxe situações distintas à política em uma semana que tinha tudo para ser de maior tranquilidade. Ainda durante a festa de muitos foliões, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou duas regras que deverão vigorar nas eleições de outubro e proporcionaram alegrias ao establishment político e o caciquismo nos partidos. Agora, recursos do fundo partidário poderão ser alocados em campanhas, ao passo que os limites para o autofinanciamento de candidaturas foram desfeitos, apenas precisando respeitar o teto geral para cada cargo. As resoluções foram criticadas por muitos especialistas em eleições, como fatores a dificultar ainda mais a renovação política e reproduzir um ambiente de profundas desigualdades nas campanhas.

Enquanto figuras tradicionais da política comemoram as mudanças, os novatos não têm muitos motivos para folia. Simbólica para os outsiders e o espaço reduzido que poderão ter nestas eleições (a despeito do ambiente social favorável) foi a decisão do apresentador de televisão Luciano Huck de desistir de vez de uma possível candidatura à presidência da República. Quem pode ter comemorado a notícia foi Geraldo Alckmin, tucano que ainda enfrenta dificuldades para empolgar o eleitorado e aglutinar o centro governista para a disputa. A confirmação da desistência de Huck reduz drasticamente os riscos de fragmentação eleitoral, mas também limita as opções reformistas nessas eleições, o que configura um risco ao mercado.

E por falar em mercado, os agentes econômicos amanheceram praticamente dando adeus à reforma da Previdência antes das eleições. O motivo oficial seria um decreto a ser assinado pelo presidente Michel Temer nesta tarde determinando intervenção na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Pelo ordenamento jurídico brasileiro, a Constituição não pode sofrer modificações na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou se estado de sítio. Contudo, é sabido que o real motivo do fracasso da reforma seria mesmo a falta de votos na Câmara dos Deputados para a PEC.

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Para comentar estes e outros assuntos que agitaram o noticiário político da semana, o programa Conexão Brasília desta sexta-feira (16) recebeu o analista político Paulo Gama, da XP Investimentos. Assista à íntegra do bate-papo:

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.