“Dilma vai ganhar, Petrobras vai desabar e Ibovespa chegará em 40 mil pontos”

Henrique Kleine, analista-chefe da Magliano, afirmou que quem está apostando em uma troca de governo vai se dar muito mal

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O mercado está cada vez mais otimista em relação a uma vitória da oposição, devido às pesquisas eleitorais, que já apontam um empate técnico no segundo turno entre os candidatos Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB.

O que causa esta expectativa no mercado por uma troca de governo é a fragilidade do atual cenário macroeconômico brasileiro, que atualmente apresenta um estado de estagflação, com uma inflação 12 meses acima do teto da meta de 6,5% ao ano (6,52% de acordo com dados de junho), e um PIB que, segundo estimativas, não deve passar de 1% em 2014. Por conta disso, cada vez que a presidente da República cai nas pesquisas perante a oposição, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, bem como as ações de companhias estatais, sobem consideravelmente.

Por outro lado, na opinião do analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine, quem está apostando em uma troca de governo vai se dar muito mal. “A Dilma cai e o mercado sobe porque os estrangeiros estão muito otimistas, mas eles estão vendo de fora. Desde que existe reeleição, todos os presidentes tiveram dois mandatos, não é agora que isso vai mudar, ao meu ver. Se não conseguimos tirar um presidente quando houve um mensalão – e a Dilma ainda foi eleita depois – como irão conseguir tirar ela? É algo muito fora do contexto”, explicou Kleine.

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O especialista ainda previu que, a hora que o mercado entender isso, alguns papéis irão cair muito. “A Petrobras (PETR3, PETR4), por exemplo, não tem fundamento, tem um prejuízo enorme e está subindo por conta destas especulações… Ela não tem sustentação para essa alta. Então quando a Dilma vencer ela vai desabar”, disse. “Já o Ibovespa vai para 40 mil pontos”, finalizou.