Dilma sente as dores de Neymar, mas não deve sair seriamente contundida, destaca FT

Em matéria publicada nesta segunda-feira, o jornal britânico destacou que o jogador colombiano balançou as esperanças de uma nação de ganahr a Copa; porém, a perde de Neymar pode ter chegado tarde demais para prejudicar as chances de Dilma

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após destacar que o “Brasil já ganhou”, mas que ainda é cedo para o governo comemorar a Copa, o jornal britânico Financial Times destacou quais seriam os possíveis efeitos da fratura de Neymar para as perspectivas eleitorais de Dilma Rousseff. Isso porque deixa, teoricamente, estaria mais longe a conquista do título sem a sua principal estrela, o que poderia afetar os rumos das eleições. 

“O jogador colombiano balançou as esperanças de uma nação de ganhar a Copa do Mundo no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no próximo domingo” , ressaltando que os brasileiros seguem atônitos com a perda do Brasil para o Uruguai na última vez que organizou o torneio em casa, em 1950. Este é um dia que ainda assombra os brasileiros, ressalta o jornal britânico.

“‘Olé, Olé, Olé, Olé, Neymar, Neymar’, gritavam os brasileiros no meio da multidão no estádio Arena Fonte Nova, em Salvador, no sábado, onde a Holanda derrotou a Costa Rica, em uma demonstração de apoio ao seu ídolo caído”. 

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Com isso, em matéria publicada na edição impressa do jornal nesta segunda-feira (7), com o título “Dilma sente a dor de Neymar”, o jornal diz que a ausência do jogador pode ameaçar o otimismo com a seleção que tem beneficiado a presidente Dilma. O FT ressalta que, quando o jogador colombiano Juan Camilo Zúñiga, disputou a bola com Neymar, “ele fraturou mais do que a terceira vértebra da estrela do Barcelona. Ele balançou as esperanças de uma nação de ganhar a Copa do Mundo”, diz o texto.

Em meio à incapacidade de Neymar, o garoto propaganda da Copa do Mundo, jogar por pelo menos quatro semanas, esta situação também pode ajudar a determinar o humor nacional antes das eleições presidenciais de outubro. O otimismo de que a equipe estava melhorando depois de um início irregular serão frustradas pela perda de Neymar e pela suspensão do capitão Thiago Silva na partida de amanhã. 

Porém, em matéria feita ontem pelo próprio Financial Times, ainda assim, a perda de Neymar pode ter chegado tarde demais para prejudicar as chances de Rousseff na eleição nacional, dizem analistas. 

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Na pesquisa mais recente, o índice de aprovação de seu governo ficou acima do mínimo de 40% visto como necessário para o sucesso de um presidente em exercício nesta fase de uma eleição, de acordo com João Augusto de Castro Neves, do Eurasia Group. A mais recente pesquisa realizada pelo Ibope colocou o índice de aprovação de seu governo em 44%.

Castro Neves diz acreditar que ir para a semifinal já foi suficiente para amenizar as expectativas dos brasileiros para a Copa do Mundo, em meio à performance não tão estelar da equipe, mesmo com Neymar. “Já evita-se um constrangimento só de ir para as semifinais”, disse ele. Mas alguns fãs continuam otimistas de que a Seleção, afirma o FT, conseguirá o hexa.

Da angústia à esperança, segundo o WSJ
O Wall Street Journal também deu destaque em sua publicação para a lesão que sofreu Neymar, que fez com que as esperanças do Brasil de conseguir o maior prêmio do futebol se transformassem em “cinzas”, segundo o jornal.

Porém, o WSJ ressalta que ainda não acabou para o Brasil, remontando à Copa do Mundo de 1962, quando o Brasil também ficou sem o seu principal jogador, Pelé, mas conquistou o bicampeonato. Novas estrelas surgiram, caso do ex-jogador do Botafogo Amarildo. 

“Agora, muitos brasileiros estão esperando que a história se repita”, ressalta o jornal, que aponta ainda que a população ainda avalia que o time deve passar a jogar mais mais como uma verdadeira equipe, e não como “Neymar mais 10”, como alguns estavam chamando a seleção antes da torneio começou há três semanas.

“Certamente, o Brasil ainda pode ganhar. O Brasil é uma equipe, não é uma pessoa”, destacaram boa parte dos brasileiros ouvidos pelo jornal norte-americano. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.