Dilma se reúne com ministros e ordena início de cortes da ordem de R$ 15 bilhões

Dilma Rousseff passou todo o sábado no Palácio da Alvorada, em reunião com ministros de diversas pastas, em busca de medidas para melhorar a relação com o Congresso e evitar novo rebaixamento

Lara Rizério

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A presidente Dilma Rousseff passou todo o sábado (12) no Palácio da Alvorada, em reunião com ministros de diversas pastas. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, nas reuniões, a presidente e os ministros conversaram sobre “reforma administrativa com redução de despesas nos ministérios”.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a presidente deu as seguintes diretrizes: corte de cargos comissionados, reavaliação de investimentos e redução de contratos de serviços já firmados. Fontes do governo disseram ao jornal que o plano nessa primeira fase é economizar por volta de R$ 15 bilhões e esse número pode crescer em etapas posteriores.

De manhã e no início da tarde, Dilma reuniu-se com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Fazenda, Joaquim Levy; e do Planejamento, Nelson Barbosa; e com os secretários da Receita Federal, Jorge Rachid, e do Tesouro, Marcelo Saintive. Cardozo foi o primeiro a deixar a reunião, mas voltou ao Alvorada no fim da tarde.

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No início da noite, a presidente recebeu os ministros da Agricultura, Kátia Abreu; da Ciência e Tecnologia, Aldo Rabelo; das Cidades, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Previdência Social, Carlos Gabas; do Esporte, George Hilton; das Comunicações, Ricardo Berzoini; e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. Também estiveram na reunião os ministros da Justiça e da Casa Civil, além do chefe de gabinete da presidente, Giles Azevedo.

Todos os ministros deixaram o Palácio da Alvorada pouco antes das 20 horas, sem falar com a imprensa.

Medidas
A redução das despesas e o enxugamento da máquina pública, também nos planos do governo, têm dois objetivos. O primeiro é criar ambiente para negociar com o Congresso, que exigiu que o Executivo primeiro cortasse sua própria carne antes de propor aumento de impostos. O segundo é correr para apresentar medidas que evitem o rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco Fitch e Moody’s, depois que a Standard & Poor’s retirou o selo de bom pagador do Brasil esta semana.

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O que se quer é mostrar que o governo está disposto a anunciar medidas o mais rápido possível. Por isso, ao contrário do que se esperava, conforme as decisões forem sendo avalizadas pela presidente, elas serão comunicadas. As primeiras medidas já devem ser anunciadas na próxima semana. Inicialmente, a expectativa era de que o governo divulgasse um “pacotão” com medidas.

Para reforçar a arrecadação de 2016, que tem uma previsão orçamentária de R$ 30,5 bilhões deficitária, além de um aumento na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis, o Executivo está discutindo o encaminhamento da Medida Provisória 691, que autoriza a União a vender imóveis de sua propriedade, incluindo os terrenos da Marinha. Outro ponto que está em discussão pelo governo é o corte de cargos comissionados e a criação de um aplicativo para o transporte de servidores federais, que contrataria uma frota terceirizada única.

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.