Dilma se compromete com mudanças e resume novo governo em uma palavra: “diálogo”

A presidente afirmou que este é o momento de o país se unir para garantir um futuro melhor e concordou que medidas são necessárias para estabelecer a retomada econômica.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – Em sua primeira entrevista para a televisão após ser reeleita, a presidente Dilma Rousseff, do PT, afirmou que o recado dado pelas urnas é de mudança, de melhorias. Indagada sobre a palavra-chave da nova gestão, a petista disse com convicção: “Diálogo”.

Ao longo da entrevista concedida a Rede Record, Dilma reforçou que este é o momento de o país se unir para garantir um futuro melhor. “As palavras mais ditas da eleição foram mudança e reforma. Nas democracias, quando se fala em união é para estabelecer um amplo diálogo entre os lados. É hora de dialogar com todos os setores, inclusive o financeiro, para impulsionar a economia e controlar a inflação”, pontuou, completando que o clima é de construção de pontes e não de buscar a diferença entre as pessoas.

A presidente afirmou ainda que não pode citar as medidas econômicas que pretende estabelecer deliberadamente e que precisa refletir antes de anunciar as decisões. Para ela, hoje Brasil é credor, o que permite ao país uma abertura ao diálogo.

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Indagada sobre a necessidade de um novo choque de credibilidade, assim como o que ocorreu em 2002, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao poder, a petista destacou que hoje em dia a situação é completamente diferente. Segundo ela, na época, eram 11,4 milhões de desempregados e o salário vinha em trajetória de queda.

“A situação politica e econômica é outra. Hoje, estamos com um elevado emprego e os salários estão com ganhos reais. Nós temos US$ 376 bilhões de reserva. Naquela época, nossa situação de fragilidade era elevada”, explicou.

Sobre os próximos passos do governo, Dilma disse que os jornalistas evitem fazer especulações. “Agora é hora de arregaçar as mangas. Não quero segregar ninguém. Entendo que a imprensa tenha essa curiosidade, mas está cedo ainda”.

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Sobre os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras, a presidente voltou a dizer que investigará a fundo, doa a quem doer.

“Fico indignada com o que fizeram na última semana. Jamais na minha vida houve uma única acusação contra mim. Não vou deixar essa acusação ser esquecida. Vou me empenhar para fique claro quem são os responsáveis. Eu quero investigar, quero saber”, afirmou com contundência a petista.

No final da entrevista, a petista citou a crise hídrica de São Paulo e pontuou que se o governador do Estado fosse do PT, sua candidatura à presidência sofreria questionamentos sobre a falta de água. “Não compreendo como uma crise daquela proporção não reflete na eleição. Os refletores não foram colocados na crise”, concluiu Dilma, criticando o papel da imprensa na corrida eleitoral.

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