“Dilma sabe apanhar melhor do que Marina e ataques a ela surtem menos efeito”, diz especialista

Para Cláudio Couto, a presidenciável do PT está ganhando mais competitividade, diante dos momentos inconsistentes da candidata pessebista.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – Após a subida meteórica de Marina Silva, do PSB, nas pesquisas de intenção de voto da disputa presidencial, o Datafolha desta quarta-feira mostrou que a ex-senadora não está com a vitória garantida como muitos eleitores acreditavam. A diferença entre ela e Dilma Rousseff (PT) caiu no segundo turno e elas aparecem tecnicamente empatadas. 

De acordo com Cláudio Couto, cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a presidente da república tem recuperado o apoio popular, em meio aos ataques que Marina vem sofrendo de seus principais opositores. Além da petista, o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, também vem apontando as fragilidades da candidatura da ex-senadora.

“Dilma sabe apanhar muito melhor do que Marina e ataques a ela surtem menos efeito. A presidente já recebe críticas duras há quatro anos e vem se aprimorando nas respostas. O que é mais uma flecha para São Sebastião?”, questionou o especialista. “Dada a imagem imaculada de Marina até pouco tempo atrás, os ataques contra a ex-senadora devem surtir mais efeito”, completou.

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Para ele, do ponto de vista fotográfico, a ex-senadora ainda parece ter muito potencial para se consagrar nas urnas, porém, do panorama dinâmico, a candidata do PSB deve registrar sequências menos favoráveis nas próximas leituras. 

Fim da euforia “marineira”

A onda de apoio à candidatura de Marina parece não estar agregando novos eleitores e estaria perdendo força gradativamente. A euforia com sua nomeação após a morte de Eduardo Campos, seu companheiro de chapa que morreu em 13 de agosto, passou e deu espaço às incertezas e aos questionamentos. 

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“Ela era uma novidade conhecida, o que foi importante para levá-la às alturas. Depois que ficou mais exposta e teve seus posicionamentos observados mais de perto, Marina foi deixando de ser uma unanimidade quando a questão é nova política e a euforia sobre ela foi desinflando”, opinou Couto. 

Além disso, a relativa melhora da percepção sobre o governo e a exposição de Dilma na televisão contribuíram para que a candidata à reeleição voltasse a ganhar força nos levantamentos.

“O eleitor percebeu que Marina não é tão consistente. O cenário ficou mais incerto e Marina perdeu um pouco do favoritismo, enquanto Dilma se tornou mais competitiva”, explicou o professor da FGV, acrescentando que uma minoria dos tucanos pode migrar seu voto para a presidente no segundo turno por considerarem Dilma mais previsível e consistente do que a candidata do PSB. “Muitos eleitores do PSDB já migraram seu voto para Marina, o que é um dos fatores que explica o crescimento da pessebista nas pesquisas”, completou.

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