Dilma quer tirar Mercadante da articulação política, diz Folha; Planalto nega

Segundo a Folha de S. Paulo, o ministro se manteria no cargo, mas perderia a função de articulador para o petista Jaques Wagner, que já se reuniu com Renan Calheiros no fim de semana

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Com um relacionamento deteriorado com setores do PMDB, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), pode ser tirado do cargo de articulador político pela presidente Dilma Rousseff (PT), segundo a Folha de S. Paulo. O periódico afirma que a presidente já teria manifestado a intenção de tirar o ministro da missão a pelo menos dois interlocutores.

Dilma avaliaria que Mercadante errou nas principais negociações políticas e estratégias que liderou neste governo. Apesar disso, Mercadante continuaria ocupando o seu cargo na Casa Civil. Já coluna do jornal O Globo publicou na edição desta quarta a informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria aconselhado Dilma a fazer mudanças na Casa Civil e reorganizar o Planalto.

Lula bem como diversos outros aliados da presidente pressionam para que ela faça uma reforma ministerial com o objetivo de dar mais poder ao PMDB, que está em um momento de divórcio com o Planalto. O maior partido da base aliada estaria descontente com o número de ministérios recebidos do governo, com o lançamento de uma candidatura independente do PT no início do ano para a presidência da Câmara e, para alguns cientistas políticos, com a citação dos nomes de Eduardo Cunha (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB) na lista de políticos suspeitos de envolvimento na Operação Lava Jato. 

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Caso Mercadante deixe de ser o articulador político do PT no Congresso, o nome mais cotado para assumir a função é o do ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT). No último domingo, ele já se encontrou com Calheiros para negociar uma trégua com o pemedebista. Na semana anterior, o presidente do Congresso desafiou o governo ao devolver à presidente Dilma a Medida Provisória 669, que trata das desonerações da folha de pagamento. Calheiros também fez um discurso elogiando o senador oposicionista José Serra (PSDB) no plenário. 

Após conversar com Jaques Wagner, Renan aceitou um acordo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para manter o veto de Dilma à correção integral da tabela do Imposto de Renda na Fonte em 6,5%, fechado na terça-feira (10).

Planalto nega
Em resposta à matéria da Folha, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República negou, em nota oficial, o rumor de que a presidente tenha recebido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sugestão de mudança na chefia da Casa Civil, que tem como atual titular o ministro Aloizio Mercadante.

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“Não corresponde à verdade o rumor de que a presidenta Dilma Rousseff tenha recebido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sugestão de mudança na chefia da Casa Civil. O ministro Aloizio Mercadante tem total confiança da presidenta e seguirá cumprindo suas funções à frente da Casa Civil”, diz a nota.

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