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SÃO PAULO – Em coluna nesta sexta-feira, o jornal britânico Financial Times destacou a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, destacando que a brasileira se esforça para recuperar o controle dos índices de aprovação. O último CNI/Ibope mostrou que apenas 9% consideram o governo Dilma bom ou ótimo.
E, de acordo com o jornalista Joe Leahy, que assina a coluna, Dilma corre o risco de sofrer impeachment. “Com a popularidade tão baixa, Dilma está vulnerável ao impeachment particularmente se as investigações sobre a Petrobras encontrarem algo ligando ela ao problema”.
Porém, destaca o colunista, a forte queda da popularidade da presidente não é inteiramente merecida: isso porque outros presidentes, que já presidiram o país em períodos piores, obtiveram números melhores nas pesquisas.
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“A maior economia da América Latina está caminhando para uma recessão e a taxa de desemprego subiu para 6,75% em maio. O desemprego se aproxima de níveis argentinos, mas certamente não é ainda tão ruim como a Grécia ou em outros lugares no sul da Europa”, afirma.
“Analistas brasileiros falam livremente da ‘crise’, mas o país não está enfrentando a turbulência que caracteriza crise. Não há nenhuma crise de balanço de pagamentos, por exemplo. O Brasil ainda tem uma das mais altas reservas cambiais do mundo”, afirma.
Contudo, o colunista destaca que há muitos motivos para descontentamento. Isso porque a campanha para a reeleição de Dilma negava que havia problemas na economia, mas, logo após a vitória, o governo começou uma reviravolta com adoção de medidas austeras. Além disso, afirma, o ex-presidente e mentor de Dilma, Lula, “não tem ajudado”.
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Além disso, afirma o jornal, “a incompetência do governo também está mais difícil de ser dissimulada do que no passado. A internet, smartphones e as mídias sociais têm dado aos eleitores maior acesso à informação”. “Talvez a principal razão para os eleitores estarem tão zangados é que as expectativas eram muito elevadas”, continua.
Assim, o FT diz que “a única esperança dela é que o ajuste fiscal de Joaquim Levy estabilize a fraca economia e ganhe tempo para restaurar o crescimento”.