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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (2) foi tornado público o depoimento da delação premiada do ex-diretor de Petrobras Nestor Cerveró. Nela, o executivo acusa a presidente afastada Dilma Rousseff de ter mentido sobre a compra da refinaria de Pasadena e disse supor que a petista sabia que políticos do PT recebiam propina da estatal.
Segundo Cerveró, “não corresponde à realidade” a afirmação de Dilma de que aprovou a compra da refinaria, adquirida pela Petrobras em 2006, porque não tinha informações completas. Na época, Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. O ex-diretor da estatal ainda disse que “houve certa pressa” na aprovação do projeto pelo conselho.
“Que o declarante conhece há muito tempo a presidente da República Dilma Rousseff […] Que Dilma Rousseff tinha todas as informações sobre a refinaria de Pasadena; que o Conselho de Administração não aprova temas com base em resumo executivo; que o projeto foi aprovado na Diretoria Executiva da Petrobras numa quinta e na sexta o projeto foi aprovado no Conselho de Administração; que esse procedimento não era usual”, disse.
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“Que sempre que havia dúvidas sobre algum tema a ser analisado, o Conselho de Administração solicitava, esclarecimentos, que não foi solicitado nenhum tipo de esclarecimento quanto à aquisição da refinaria de Pasadena; que isso indica que não havia dúvida nenhuma quanto à aquisição da refinaria de Pasadena”, continuou Cerveró.
Cerveró ainda contou que ouviu de seu advogado que o ex-senador Delcídio do Amaral, teria lhe dito que Dilma disse que agiria para tirá-lo da prisão assim como o ex-diretor da estatal Renato Duque, considerado operador do PT. Segundo Cerveró, Delcídio relatou que Dilma teria dito que “cuidaria dos meninos”. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.