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SÃO PAULO – Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff fez um mea-culpa tardio ao admitir ter errado na avaliação da gravidade da situação econômica durante a campanha eleitoral de 2014. Contudo, esta “mea-culpa” causou mal estar entre ex-assessores do primeiro mandato da presidente, segundo informações da Folha de S. Paulo.
Ao jornal, pelo menos três auxiliares que integraram a equipe da presidente disseram que ela foi alertada que ajustes na economia eram necessários já no ano passado. Além disso, recordaram alertas inclusives vindos do ex-presidente Lula, que defendia mudanças na política econômica e pediu a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A própria presidente reconheceu que teria de fazer ajustes na economia ao “demitir”, no início de setembro, Guido Mantega no seu segundo mandato. Em conversas internas, Dilma fez questão de deixar claro que Mantega não seguiria no segundo mandato como sinalização ao empresariado e também a Lula de que reconhecia a necessidade e faria ajustes na política econômica caso fosse reeleita, teria dito um auxiliar.
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Outro assessor defende Guido Mantega e afirma que o ex-ministro, inclusive, sugeriu à presidente medidas para reduzir gastos públicos antes do início da campanha eleitoral como mudanças no pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e das pensões. Porém, a presidente preferiu postergar as medidas para depois das eleições.
A presidente foi criticada pelo “mea-culpa” por diversos políticos, dentre eles a ex-senadora Marina Silva, que avaliou que a “única que foi surpreendida pela crise foi a Dilma”.
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