Dilma fica “muito irritada” e vê que viagem de senadores à Venezuela constrangeu o Brasil

Dilma achou que a iniciativa colocou o governo brasileiro numa espécie de "armadilha", criando um "constrangimento" para o Brasil e avalia que a viagem foi uma intromissão em assuntos internos da Venezuela

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff ficou muito irritada com o problema causado com a ida dos senadores de oposição, liderados por Aécio Neves (PSDB-MG) a Caracas para uma visita de solidariedade aos oposicionistas venezuelanos, que estão presos no país.

Dilma achou que a iniciativa colocou o governo brasileiro numa espécie de “armadilha”, criando um “constrangimento” para o Brasil e avalia que a viagem foi uma intromissão em assuntos internos da Venezuela.

Para o governo, se os venezuelanos decidissem vir ao Brasil e verificar algumas de nossas condições, o Congresso e o governo rechaçariam a ideia e criariam obstáculos.

 Por outro lado, em nota oficial, o governo brasileiro afirmou lamentar os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país”, segundo nota no website do Ministério das Relações Exteriores.

Oito senadores foram para a Venezuela ontem. São eles: José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Sérgio Petecão (PSD-AC), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e José Medeiros (PPS-MT).

Entre as atividades previstas para a missão estava um ato com as esposas de políticos presos e a defesa, junto aos meios de comunicação venezuelanos, da liberdade e da democracia. A comissão externa foi criada com base no Requerimento 77/2015, de autoria do senador Ferraço, aprovado no Plenário do Senado em fevereiro deste ano.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.