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SÃO PAULO – Um dos poucos nomes dentro do PT que sai de fato fortalecido da reforma ministerial organizada pela presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula disse, nesta quarta-feira (30), em encontro da executiva nacional do partido, que sua sucessora deveria ter implementado a recomposição das pastas logo após a eleição, em vez de só amanhã. As informações foram dadas pelo portal Estadão. Nesta manhã, foi definida a saída de Aloizio Mercadante da Casa Civil para a entrada de Jacques Wagner, hoje comandante da Defesa, que alimenta a simpatia de Lula.
“Dilma está fazendo agora o que deveria ter feito em novembro”, teria dito o ex-presidente, de acordo com participantes da reunião ouvidos pelo Estadão. No mesmo encontro, Lula defendeu mudanças na política econômica por uma reaproximação do governo com a base histórica do PT. A austeridade fiscal que pesa sobre cortes orçamentários e traz efeitos sobre os trabalhadores e camadas mais pobres tem sido alvo de críticas de diversos petistas. O mentor de Dilma teria sugerido ainda a adoção de um modelo que volte a estimular o consumo com o aumento do crédito via bancos públicos a empresas – como o que aconteceu com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) durante seus anos de gestão.
Apesar de achar que a reforma ministerial de hoje deveria ter sido feita logo após as eleições, Lula não acredita que ela seja suficiente para garantir a estabilidade política do governo. De acordo com relatos ouvidos pelos jornalistas Ricardo Galhardo e Elizabeth Lopes, o ex-presidente acredita que Dilma precisa adotar um discurso que explique à população que a reforma não é apenas uma troca de favores para barrar seu impeachment.
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