Dilma faz força-tarefa para barrar impeachment; PSDB já discute participação em governo Temer

Por outro lado, a oposição vê processo de impeachment ainda incerto e Cunha afastou neste domingo a hipótese de avaliar nesta semana um pedido de afastamento de Dilma

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O fim da última semana e o início desta mostrou novamente a intensidade das conversas sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo deste final de semana, a Câmara dos Deputados deve iniciar análise formal sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff na próxima terça-feira (15). Os deputados iriam apresentar requerimentos ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que ele se posicione sobre os treze pedidos de impedimento.

O presidente da Câmara diz que pretende negar, se não todas, boa parte das ações, protelando as demais. A próxima etapa dos apoiadores do impeachment seria de apresentar recursos questionando as recusas de Cunha. Se for aprovado por maioria simples, de 257 deputados, o processo é deflagrado.

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Em meio a esse cenário, segundo informações do mesmo jornal, a presidente Dilma Rousseff montou, nos últimos dias, uma “força-tarefa” integrada por ministros de confiança para mapear os apoios do governo e tentar barrar o avanço do movimento pró-impeachment. A intenção é passar um “pente-fino partido a partido, Estado a Estado”, analisando votações de projetos de interesse do governo e cargos sob influência de parlamentares. O governo conta votos para tentar impedir um processo e aprovar novas medidas de ajuste fiscal.

Por outro lado, informa o jornal O Estado de S. Paulo, a oposição e setores rebelados do PMDB ainda não têm segurança se há votos suficientes na Câmara para abrir processo de impeachment. O presidente da Câmara, aliás, afastou neste domingo a hipótese de avaliar nesta semana um pedido de afastamento de Dilma.

“Decidirei no tempo da técnica e da responsabilidade. Não no tempo da especulação”, disse. Além disso, a oposição ainda não definiu qual texto sobre o pedido de impeachment será adotado como principal. De acordo com o líder da minoria na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), uma decisão deve ser tomada até quinta-feira (17).

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Em meio a esse cenário, o agravamento da crise no governo Dilma intensificou o contato de membros do PMDB aliados ao vice-presidente, Michel Temer, com integrantes da oposição e levou o PSDB a discutir, internamente, que papel a sigla deve exercer caso a petista deixe a Presidência e o peemedebista assuma, informa a Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal, é consenso entre os tucanos que o partido será obrigado a participar de um “acordo para dar sustentação política” à nova gestão. Por outro lado, Temer deve se comprometer a não disputar a reeleição.

Por outro lado, há divergências se o PSDB deve integrar ministérios num eventual mandato de Temer. Tanto Aécio Neves (MG) quando Geraldo Alckmin (SP), avaliam que o partido não deve indicar quadros. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.