Dilma está preparando carta à nação em defesa de sua volta à presidência

Ela destacou que está escrevendo uma mensagem a várias mãos: "não represento uma andorinha só"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista à Rádio O Povo-CBN, de Fortaleza, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que está escrevendo uma carta à nação em defesa de sua volta para o cargo. As informações são do Estadão.

Ela destacou que está escrevendo uma mensagem a várias mãos : “não represento uma andorinha só. Temos a Frente Brasil Popular e com ela estamos escrevendo esta Carta para mostrar a Nação que merecemos voltar à Presidência”.

A presidente afastada ainda comparou o Brasil a uma árvore e disse que o golpe é um “machado” que a está cortando. “[E a árvore] está sendo atacada por parasitas e fungos”, destacou. Para ela, o processo de impeachment tem uma característica muito grave: “é uma eleição indireta à Presidência, uma volta aos tempos da ditadura militar”, avaliou.

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Vale ressaltar que, em carta lida pelo seu advogado José Eduardo Cardozo na Comissão do Impeachment, a presidente afastada reafirmou sua inocência sobre as acusações que motivaram o processo que pode resultar na perda definitiva de seu mandato.

Dilma Rousseff ressaltou que, desde a abertura do processo pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “as razões reais e a finalidade” do impeachment são claras. “Várias forças políticas, viam e continuam a ver, a minha postura de não intervir ou de não obstar as investigações realizadas pela operação Lava Jato, como algo que colocava em risco setores da classe política brasileira.”

A petista se disse alvo de um complô ao lembrar a conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que resultou na saída de Jucá do comando do Ministério do Planejamento dias depois de ter sido nomeado pelo presidente interino, Michel Temer.

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“Como disse um dos líderes mais importantes do governo interino, o senador Romero Jucá, era preciso me destituir da Presidência da República para que, enfim, fosse possível um acordo que esvaziasse as operações policiais contra a corrupção e fosse estancada a ‘sangria’ resultante dessas investigações. Várias outras declarações de integrantes do grupo que apoia ou está hoje no governo confirmaram esta revelação: era preciso me derrubar para ter uma chance de escapar da ação da Justiça”, citou.

Dilma acrescentou que a estes setores se somaram os que, desde o resultado eleitoral de 2014, não reconheceram a derrota nas urnas. “Queriam uma outra política para o país, com finalidades e propósitos completamente diferentes daqueles que foram escolhidos pela maioria dos brasileiros”, disse a presidente afastada, destacando que foi vitoriosa nas urnas graças a políticas sociais de seu governo.

 (Com Agência Brasil) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.