Dilma engrossa coro de Lula e aponta “interesses escusos” na Lava Jato

Em sua apresentação, a ex-presidente afirmou temer o que entende como "golpe dentro do golpe", em uma ação que visaria "inviabilizar" as eleições de 2018, e sobretudo a candidatura de seu antecessor

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em seminário realizado nesta quarta-feira, na Espanha, a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que há “interesses escusos” na Operação Lava Jato no sentido de inviabilizar grandes empresas brasileiras e beneficiar concorrentes internacionais. Em tom similar ao adotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na véspera, a petista disse que “não é gratuito” o julgamento feito contra as companhias brasileiras, sobretudo as que atuam no setor de construção.

“Temos que ter clareza de que há interesses eminentemente escusos em querer inviabilizar empresas. Não é algo gratuito”, afirmou a ex-presidente, em Sevilha, que participou do Seminário Internacional ‘Capitalismo neoliberal, democracia sobrante’ com a conferência intitulada ‘O ataque à democracia no Brasil e na América Latina’. “Não digo que toda investigação tem que ser assim, mas não pode ser assim. Não se pode usar a corrupção como instrumento político de destruição do que eles consideram inimigo”, complementou.

Na avaliação de Dilma, a narrativa do combate à corrupção tem sido usada como “instrumento de luta política e ideológica”. Ela aproveitou o discurso também para comparar o processo em curso no Brasil com iniciativas realizadas em países europeus e nos Estados Unidos. Para a ex-presidente, é preciso punir os executivos envolvidos, mas não empresas e partidos.

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Em sua apresentação, a ex-presidente afirmou temer o que entende como “golpe dentro do golpe”, em uma ação que visaria “inviabilizar” as eleições de 2018, e sobretudo a candidatura do ex-presidente Lula. “Tentaram destruí-lo de todas as formas, mas ele segue firme. Há um grande risco que tentem invalidar as eleições”, disse Dilma Rousseff.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.