Dilma diz que Petrobras vai reverter resultados e admite possível reajuste no “futuro”

A presidente, no entanto, ressaltou que "não estava dizendo que haverá aumento ou não" e que não tem competência para tomar essa decisão

Lara Rizério

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A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, defendeu ontem (10) o número de ministérios que tem o atual governo e disse que não vislumbra novas pastas. Segundo ela, todas as pastas têm uma razão de existir, seja para o fortalecimento de minorias, seja para promover a articulação com outros setores do governo. Em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, Dilma também comentou a queda de 8% no lucro líquido da Petrobras (PETR3;PETR4) no segundo trimestre deste ano.

“Quero saber se alguém vai fechar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa [SMPE] ou a de Direitos Humanos”, indagou a candidata, destacando que são pastas responsáveis pela relação com outros ministérios. Como exemplo, ela disse que a SMPE foi responsável pelo processo que resultou na sanção, nesta semana, do Simples Nacional, que promove um sistema diferenciado de tributação para micro e pequenas empresas.

Para Dilma, determinadas pastas acabam tendo mais significados políticos do que ações práticas. “A Secretaria de Políticas para Mulheres ser um ministério dá um status para o combate à violência contra a mulher. É uma imensa cegueira tecnocrática não perceber esse status”, disse, citando também a Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial. O Ministério da Pesca e Aquicultura, avaliou Dilma, se justifica pela “costa marítima extraordinária” do Brasil, que também é “o maior país de água doce do mundo”. 

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Petrobras vai reverter quadro, diz Dilma
Sobre a queda no lucro da Petrobras , Dilma disse que a estatal vai reverter o quadro. “O que tem de ser avaliado é porque caiu ou não o rendimento. Acho que a Petrobras está ampliando a quantidade de petróleo que produz de forma sistemática. Esses resultados serão revertidos”, afirmou. A candidata não quis comentar se vai haver ou não reajuste do combustível nos próximos meses e disse apenas que é possível que ocorra “em algum momento no futuro”.

A presidente, no entanto, ressaltou que “não estava dizendo que haverá aumento ou não”. Dilma disse que “não tem a competência para tomar essa decisão”.

Dilma Rousseff disse que é preciso ter cautela ao tratar de qualquer assunto relacionado a petróleo, por questões de geopolíticas e condenou os ataques à estatal. “Não se pode misturar eleição com a maior empresa de petróleo do país. Utilizar qualquer factoide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso”, disse, respondendo a pergunta sobre se a empresa estaria sofrendo fogo cruzado político. A presidenta cumprimentou os pais pelo seu dia e destacou a importância paterna para as famílias como referência e exemplos de vida e de valores.

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(Com Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.