Dilma diz que compromisso com estabilidade da inflação ocorre “na prática”

"A inflação está completamente sob controle, atingindo os valores mais baixos do período; e você detecta isso em todos os quesitos", argumentou a presidente

Reuters

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BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o compromisso do governo com a estabilidade dos preços está sendo mostrada “na prática”, que inflação tem desacelerado “mês a mês” e que o país terá como resistir se os Estados Unidos modificarem sua política monetária.

“No que se refere à inflação, nós temos, de fato, a garantia que esse compromisso do governo com a estabilidade está se mostrando na prática e na realidade”, afirmou a presidente em entrevista a rádios de Minas Gerais.

“A inflação está completamente sob controle, atingindo os valores mais baixos do período. E você detecta isso em todos os quesitos, tanto na alimentação, quanto no setor de serviços e do setor de transportes”, argumentou Dilma.

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Os comentários da presidente foram feitos após a divulgação da inflação de julho, que desacelerou para o patamar mais baixo em três anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor registrou leve alta de 0,03 por cento na comparação mensal, levando o acumulado em 12 meses a 6,27 por cento, dentro da banda de tolerância da meta de inflação, que é de 4,5 por cento ao ano com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

“(A desaceleração da inflação) não é um fenômeno desse mês, ela vem caindo mês a mês”, afirmou.

Dilma também voltou a demonstrar confiança na aceleração do crescimento econômico, que até agora não apresentou números consistentes. A presidente afirmou que as concessões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias neste semestre darão impulso ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

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“Nós temos todos os indicadores que o PIB vem tendo desempenho melhor”, disse. “Diziam que o PIB de junho ia ser muito pequeno e o que estamos verificando é que os indicadores de junho estão demonstrando que tem recuperação do PIB”, explicou.

“Alguns fatores vão contribuir para isso…teremos concentração imensa de concessões nesse segundo semestre”, afirmou a presidente.

Ela evitou, porém, comentar qual sua previsão para a variação do PIB neste ano.

Questionada sobre a questão cambial, Dilma argumentou que a alta do dólar não “diz respeito ao Brasil” e que a variação ocorre pela “situação monetária” dos Estados Unidos.

O Federal Reserve, banco central dos EUA, tem dado sinais desde maio de que pode reduzir nos próximos meses a sua política de estímulo monetário, que tem garantido grande liquidez no mercado internacional. A expectativa de menor liquidez tem levado à depreciação do real em relação ao dólar.

A presidente disse que se houver mudanças nessa política monetária norte-americana, “vai haver uma oscilação em todas as moedas e em todas as bolsas, mas nada que o Brasil não tenha condições de resistir”, disse.

“Mesmo com uma situação de turbulências internacionais nós mantivemos uma oscilação do dólar dentro de limites bem claros”, argumentou Dilma.

O dólar acumula alta ante o real de 12,26 por cento no ano até o fechamento de terça-feira. Às 14h35 desta quarta-feira, a moeda norte-americana era cotada a 2,2990 reais, estável em relação ao fechamento anterior.

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