Dilma diz a jornal dos EUA que sofre “preconceito sexual” pelo seu jeito de governar

Presidente diz que os boatos são de que ela precisa ser forte porque está cercada de "homens meigos" em entrevista ao Washington Post

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Às vésperas de uma viagem para os Estados Unidos com o objetivo de restabelecer as boas relações comerciais e de investimento entre os dois países, a presidente Dilma Rousseff (PT) deu uma polêmica entrevista ao Washington Post. Para os jornalistas americanos, Dilma disse que algumas das críticas ao seu governo vêm do “preconceito sexual”. 

Questionada pelo repórter por seu perfil de “microgerenciadora”, de querer controlar tudo nos mínimos detalhes, ela disse que ninguém faz a mesma afirmação sobre um homem. “Você já viu alguém dizer que um presidente homem coloca o seu dedo em tudo? Eu nunca ouvi isso”, questionou Dilma. Ela disse que as críticas possuem um viés machista. “Sou descrita como uma mulher dura e forte que coloca o nariz em tudo, e eu estou [me dizem] cercada por homens meigos”, explicou.

O jornalista ainda perguntou à presidente se ela se preocupa com suas baixas taxas de aprovação. No fim de semana foi divulgada uma Pesquisa Datafolha na qual ela apareceu com 10% de avaliações de que seu governo é “bom” ou “ótimo”, a pior desde a gestão de Fernando Collor de Mello. Dilma respondeu que a sua queda de popularidade preocupa, mas que ela não vai “arrancar seus cabelos” por isso. 

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A presidente disse que não acredita que o governo possa fazer tudo. “Se você acha que o Estado pode tomar o controle de tudo você não está levando em consideração que que a economia é bem maior que isso”. Ela afirmou ainda que o programa de ajuste fiscal não é do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e sim do seu governo como um todo. 

Sobre a visita ao presidente norte-americano, Barack Obama, ela disse esperar obter mais acordos nas áreas de ciências, tecnologia e inovação. “Também esperamos cooperação no campo da educação, particularmente a primária”. 

Por fim, em relação à corrupção, ela voltou a declarar que sob a sua gestão, todas as investigações foram apoiadas e os executivos envolvidos foram presos. Ela afirmou também que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não esteve envolvido em corrupção na Petrobras . 

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