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SÃO PAULO – A ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, criticou a gestão de Fernando Henrique Cardoso à frente do governo brasileiro, comparando a gestão dele à de Lula, um tom que deve ser muito usado durante a próxima campanha presidencial.
Em um de seus últimos eventos no cargo, a ministra inaugurou o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento 2), que será uma das principais bandeiras de seu governo, e disse que o sucessor do atual presidente irá encontrar uma “herança bendita”.
A frase é uma alusão a uma declaração de Lula, que disse ter recebido uma “herança maldita” do PSDB quando assumiu o governo, em 2002. Para Dilma Rousseff, os oito anos do governo de FHC foram de “estagnação”.
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“Atravessamos o deserto da estagnação. O Brasil retomou a rota do desenvolvimento. Mas o governo Lula, um governo do qual nos orgulhamos muito de fazer parte, não aceita outro caminho que não seja o do desenvolvimento com distribuição de renda. Esse é o Brasil que o senhor, presidente Lula, reconstruiu para todos nós. E que os brasileiros não deixarão escapar mais de suas mãos”, afirmou emocionada.
Estado mínimo
Para Dilma, a gestão de Fernando Henrique Cardoso também pode ser caracterizada como o tempo do Estado mínimo, ou o Estado do não, já que para a ministra, entre os defeitos da administração, estavam a ausência de planejamento estratégico, falta de alianças com o setor privado, pouco investimento público, entre outras críticas.
Como Dilma disputará as próximas eleições, ela deve se descompatibilizar do cargo até o dia 3 de abril. Quem deve assumir a coordenação do PAC após a sua saída é Miriam Belchior, atualmente subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil.